Gestão Escolar

Gestão Escolar (51)

Segmentos e Temas:

Democracia e solução de conflitos

Democracia e solução de conflitos (8)

Tudo o que acontece na vida social reflete-se na escola. É o caso do acirramento de conflitos envolvendo diferentes posições sobre a conjuntura política nacional. Como educadores, somos responsáveis por criar na escola um ambiente favorável à livre expressão de opiniões, análises e pontos de vista sobre os mais diversos temas, inclusive sobre política nacional.

Reunimos na Abepar (Associação Brasileira de Escolas Particulares) instituições de reconhecida qualidade, porém com valores e projetos pedagógicos singulares. Acima de eventuais diferenças, compartilhamos princípios e ideais comuns. Um deles é, certamente, a defesa da democracia, da livre manifestação de ideias e do respeito a quem pensa diferente de nós. 

Esta é talvez a maior virtude da democracia – a aceitação natural do dissenso. Se somos democráticos é porque aceitamos, por princípio, que somos diferentes. Daí a natural alternância de poder. Quem ocupa hoje o governo estará um dia na oposição e vice-versa.

Mais do que respeitar a liberdade, fazemos dela um valor que compartilhamos com nossos alunos e com nossas comunidades. E liberdade é, essencialmente, a liberdade de quem pensa diferente de nós. Por tudo isso, estimulamos desde sempre os nossos alunos a expressar com serenidade as suas ideias, pensamentos e análises, procurando em cada caso qualificá-las e embasá-las com argumentos sólidos, sem prejuízo do respeito às posições contrárias.

Queremos que não prospere entre eles a mera briga de torcidas. Não basta dizer sim ou não. É preciso buscar argumentos que justifiquem as diferentes análises sobre qualquer assunto. É assim que crescemos como seres humanos e como sociedade.

É preciso ter em mente ainda que as eventuais maiorias são fluídas no regime democrático. São formadas e desfeitas ao sabor de inúmeros fatores e circunstâncias. Mesmo quem hoje é maioria precisa limitar a sua atuação pelo estrito respeito às minorias. A soberania popular, sobre a qual se assenta a democracia representativa, deve ser exercida dentro de limites que precisam levar em conta o respeito às minorias. 

Estamos seguros de que haveremos de superar as animosidades do presente, pois a democracia é um regime propício à solução de conflitos. Mesmo diante de posturas aparentemente irreconciliáveis, a estrutura de poder vigente no país oferece a solução, que é a Justiça, que cumpre exatamente esse papel. Quando as partes não chegam a um acordo, a Justiça é o caminho que pode conduzir à superação do impasse. 

Nesse capítulo importante da vida nacional, uma de nossas mais importantes contribuições à sociedade é difundir esses valores e princípios próprios à democracia e ao Estado de Direito, ajudando a formar aqueles que serão os protagonistas do futuro, que esperamos mais justo, democrático e solidário. 

Ver itens ...

O governo do Estado de São Paulo informou no dia 16/6, em coletiva de imprensa, que as escolas de ensino básico podem voltar às aulas presenciais em agosto, sem limite de presença. A regra valerá para todos os municípios. Cada prefeitura poderá, no entanto, adotar medidas mais restritivas. No caso da capital, a Prefeitura já adiantou que seguirá a linha anunciada pelo Estado. A frequência dos alunos será opcional no mês de agosto. Depois disso, deverá haver nova orientação por parte da Secretaria da Educação.

Até agora, as escolas públicas e particulares só podiam receber presencialmente 35% dos alunos matriculados. A partir de agosto, não haverá limite para o número de alunos. As instituições de ensino devem definir, até o reinício das aulas, um Plano de retorno que contemple o distanciamento de 1 metro entre os alunos, a obediência aos protocolos sanitárias, a adoção de medidas de higiene, uso de máscaras, monitoramento diário e rastreamento de casos. 

O Plano de retorno deve levar em conta a presença de todos os alunos, todos os dias da semana. 

De acordo com o secretário da Educação Rossieli Soares, as escolas serão monitoradas. A Secretaria comprou 3 milhões de testes para serem utilizados. A aplicação será feita em parceria com as prefeituras municipais. “A testagem será feita no caso de pessoas com sintomas, na ocorrência de dois ou mais casos no mesmo período e na mesma unidade, e por meio de uma verificação mensal ou bimestral nas escolas”, explicou.

Em live do Escolas Abertas no Instagram, Rossieli disse que o governo estadual irá publicar um decreto e uma resolução entre o final de junho e o início do próximo mês, em que pretende detalhar as novas regras que devem ser seguidas. “Estamos finalizando isso e tenho dialogado com os prefeitos sobre o momento de retorno e a importância disso”, afirmou Soares.

Apesar de não haver obrigatoriedade no retorno presencial às aulas, ele afirmou que a Secretaria pretende tornar obrigatória a frequência já no segundo semestre. Mas ainda não há uma data específica. Tudo vai depender do número de casos de covid. “Tenho certeza de que isso vai acontecer no segundo semestre”, acredita Rossieli. A volta presencial é defendida com ênfase pelo secretário. “Está na Constituição: os alunos têm esse direito e precisamos retornar para evitar mais perdas na educação”.

 

O Centro de Formação da Vila está promovendo um curso sobre as transformações nos projetos pedagógicos das escolas e as mudanças curriculares. Visando os coordenadores e professores das escolas, o curso “Escola 2025 e Aula 2021 - Metodologias Globalizadoras” será ministrado pelo catalão Antoni Zabala, professor e pesquisador. 

O curso está dividido em dois módulos: “Escola 2025” e “Aula 2021”. No primeiro, o objetivo é revisar a estrutura curricular do Projeto Pedagógico e no segundo, revisar o enfoque metodológico de uma unidade didática. Cada módulo será realizado em 10 encontros de duas horas.

O Centro de Formação da Vila recomenda que o curso seja realizado por um grupo de educadores das escolas interessadas, compostos por professores de disciplinas e segmentos diferentes e um coordenador.

Saiba mais e faça sua inscrição aqui.  

Antoni Zabala é catalão, formado em Filosofia e Ciências da Educação pela Universidade de Barcelona, na Espanha. Estudioso e mestre dos diferentes aspectos do desenvolvimento curricular e da formação de professores, Zabala presta consultorias a escolas e ministérios da educação de diferentes países na América Latina. 

 

O livro “Dez Passos para o Ensino Emergencial no Rádio em Tempos de Covid-19”, produzido pelos pesquisadores do Núcleo de Estudos de Rádio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Luiz Artur Ferraretto e Fernando Morgado, traz dicas para auxiliar os profissionais da educação na gravação de conteúdos pedagógicos para os estudantes baseada na coloquialidade da conversa para o uso didático de espaços em emissoras de rádio. A publicação está disponível para download gratuito em https://nerufrgs.blogspot.com.

Para ampliar o acesso à iniciativa, o Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (CTE-IRB), a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), o Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC), a Associação Nacional do Ministério Público de Contas (Ampcon) e a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme) estão apoiando a divulgação.

De acordo com o presidente do CTE-IRB, Cezar Miola, a utilização do rádio para a disseminação de conteúdos e atividades aos alunos, principalmente para aqueles sem acesso à internet, “tem ainda um grande potencial para  minimizar os danos causados pelas medidas de isolamento social, até mesmo para evitar o abandono e a evasão, preservando o vínculo dos estudantes com as instituições”.

Desde o anúncio do fechamento das escolas para atender aos protocolos de distanciamento social, o CTE-IRB passou a analisar as medidas necessárias para reduzir os impactos da nova realidade. Até o momento, foram publicadas seis notas técnicas para orientar a atuação dos TCs, principalmente em relação à oferta de ensino remoto, à distribuição da merenda escolar, à proteção de dados e à transparência das medidas adotadas pelos Executivos Municipais e Estaduais no contexto da pandemia.

Entre as recomendações, a Nota Técnica nº 01/2020 sugere aos Tribunais de Contas o acompanhamento e a fiscalização das ações desenvolvidas pelos entes públicos na área da educação. A NT também propõe que os TCs orientem os gestores públicos a estimularem a utilização de canais de TV e de rádio disponíveis para que conteúdos pedagógicos sejam oferecidos ao maior número de alunos possível.

 

Imagem: milindri/iStock.com

O secretário de Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, defendeu mais uma vez a reabertura das escolas de forma gradual a partir de setembro. No primeiro dia do Summit Educação 2020, realizado de 24 a 31 de agosto pelo jornal O Estado de S.Paulo, Rossieli considerou essencial o papel que a escola exerce na formação de crianças e jovens. Para ele, não faz sentido adiar para 2021 o retorno às aulas presenciais.

Na mesma linha seguiram outros secretários estaduais de Educação. No encontro, os secretários do Espírito Santo e de Pernambuco compartilharam da mesma visão. Eles destacaram a importância social e econômica deste retorno para os seus estados.



Durante o Summit Educação 2020, muito se questionou sobre as decisões tomadas em diferentes regiões do país permitindo a retomada de outras atividades econômicas, algumas consideradas não essenciais, em detrimento da reabertura das escolas, considerada atividade essencial.

Priscila Cruz, presidente executiva da ONG Todos pela Educação, enfatizou que o controle da pandemia é imprescindível para a retomada das aulas, mas a educação não pode ser deixada em segundo plano. Para ela, o que se enxerga é uma inversão de valores na sociedade: para que se possa voltar a frequentar shoppings, restaurantes e praias, por exemplo, a população prefere que as escolas continuem fechadas.

A educação ser considerada atividade essencial foi ponto levantado também por Arthur Fonseca Filho, diretor da Abepar, que participou do segundo dia de debates no Summit, em encontro coordenado pela jornalista Renata Cafardo.

Fonseca Filho, que também é diretor do Colégio Uirapuru, foi convidado para discutir o tema “Como as escolas particulares se preparam para a retomada” ao lado de outros nomes da área da educação. Do mesmo encontro participaram a aluna Ana Beatriz Ricchetti Ferreira, o presidente do Sindicato dos Professores, Luiz Antonio Barbagli, a professora da Faculdade de Educação da USP, Silvia Gasparian Colelo, e do diretor adjunto de Unidades Escolares do Poliedro, Luis Gustavo Megiolaro.

Representando a Abepar, Arthur Fonseca Filho enfatizou os graves prejuízos cognitivos e principalmente emocionais gerados pela distância forçada dos alunos em relação à escola, aos professores e aos colegas, especialmente na Educação Infantil, nível que mais sentiu os efeitos da interrupção das aulas presenciais, e nos primeiros anos do Ensino Fundamental I.

A retomada das aulas presenciais não significaria, no entanto, um retorno completo às pressas, lembrou Fonseca. Os dados divulgados pelas autoridades sanitárias sobre a pandemia não seriam ignorados e muito menos seria mandatório o retorno dos estudantes às escolas.

A autorização dada pelo Governo do Estado de São Paulo para a reabertura das escolas estipula um retorno gradual, em etapas e na adoção de protocolos sanitários para proteger a saúde de estudantes, professores e funcionários.

A decisão das famílias em permitir a ida dos estudantes à escola também seria fator a ser considerado. Aquelas famílias que não se sentirem seguras com essa possibilidade continuariam a ser atendidas pelas escolas em um modo “híbrido” de atendimento, em que as atividades presenciais seriam transmitidas pela internet.

 

A rotina mudou de um dia para o outro, com a quarentena e as medidas de distanciamento social necessárias ao combate à Covid-19. A escola estava lá, no mesmo lugar. As salas, prontas, limpas, organizadas. Os pátios, livres. As equipes, preparadas. Havia, no entanto, uma ameaça no horizonte – a pandemia do novo coronavírus. Num prazo muito curto, a gravidade da crise levou as autoridades sanitárias a interromper as aulas.

Os atores principais da escola foram então impedidos pela pandemia de desempenhar as suas respectivas funções. Nada de alunos, professores, coordenadores, funcionários. Tudo o que era presencial passou para o ambiente digital. Aulas ‘olho no olho’ foram substituídas por atividades não-presenciais.

Estava configurado um cenário que não fora antes imaginado por ninguém. Foi um choque para toda a comunidade. A começar dos alunos e de suas famílias, além da própria escola. Famílias e instituições de ensino conviviam até então dentro de um bem conhecido modelo histórico, no qual o espaço escolar era peça-chave por representar um outro ambiente, externo à casa, tão importante para a convivência social e a aprendizagem. Nesse arranjo, famílias e escolas dividiam funções, compartilhavam valores, objetivos, interesses. 

Com a quarentena, isso mudou, lembra Debora Vaz, diretora pedagógica do Colégio Santa Cruz. Não há mais a presença física do aluno na escola. Ele passou a ficar o tempo todo em casa, dividindo espaço com irmãos e pais, num esquema de vida pouco experimentado até então, salvo no oásis das férias. “É legítimo e saudável que as famílias e as próprias escolas sintam falta daquilo que estava bem-dividido e bem-resolvido”, aponta Debora. 

Do ponto de vista da escola, o desafio foi grande mesmo para instituições como o Santa Cruz que se debruça sobre o universo digital há mais de 20 anos. “Apesar de toda a nossa experiência nesse campo”, relata Debora Vaz, “não foi tão simples quanto virar uma chave”. Foi preciso recorrer à “força da equipe” – o que inclui professores, coordenadores, auxiliares, equipe técnica e funcionários – para fazer frente ao desafio e oferecer o melhor aos alunos.

O “Santa”, como é conhecido o Colégio, vinha de reflexões e práticas diversificadas envolvendo a cultura digital e a cultura da instituição. A escola preparava-se há muito por meio de um estudo sistemático desse tema. As fontes e referências eram e são bem conhecidas por suas pesquisas e obras, envolvendo nomes como David Buckingham, diretor de um importante centro de estudos de mídia e cultura digital da Universidade de Londres, Flora Perelman, professora da Universidade de La Plata na Argentina, Beth Almeida, da PUC-SP, entre outros.

Cultura digital não se resume a tecnologia

O Núcleo de Cultura Digital não atua como um simples apoio nas questões de tecnologia. É um centro que promove formação, intervenção e interlocução com a escola sobre os efeitos da cultura digital no projeto curricular e na instituição como um todo. “Quando falamos de cultura digital já nos descolamos da ideia única de tecnologia”, contextualiza Debora Vaz. Saiba no quadro ao lado quais são os objetivos do currículo digital do Santa Cruz, segundo o coordenador do Núcleo, Moises Zylbersztajn.

Na passagem do presencial para as atividades não-presenciais, a Equipe do Colégio procurou desde o primeiro momento orientar-se segundo os princípios e os elementos norteadores que são a razão de ser da instituição. Um deles é a diversidade da Equipe. “Diversidade na excelência, diversidade na competência”, ressalta Vaz.

“Não defendemos um modelo único para todos os professores”, aponta a diretora. E isso foi decisivo para as primeiros momentos da quarentena. “Consideramos que o perfil e o saber específico de cada professor precisam aparecer, devem estar visíveis na formulação das atividades”.

Depois de adotada a quarentena, a escola organizou núcleos emergenciais. “Tínhamos também acabado de finalizar um grupo de estudos sobre esse tema com a participação de 90 professores”, lembra a educadora. Grande parte dos professores já dispunha de boa estrutura em termos de recursos digitais em casa. Para aqueles que tinham computadores mais antigos, a escola forneceu equipamentos atualizados. Uma equipe robusta de educação digital com membros distribuídos por série foi montada para apoiar os colegas. 

“Organizamos em tempo recorde um site chamado Santa Virtual, que é onde publicamos todas as boas práticas”, conta a diretora. Cada segmento produziu e organizou sua produção em seus próprios ambientes de ensino virtual e também no Santa Virtual. Tudo para favorecer e estimular uma troca mais intensa entre os professores. “A natureza colaborativa do Santa Cruz e o princípio humanista presente nas relações prevaleceram mais uma vez”, relata Debora. 

O Santa Virtual reúne tutoriais bem-elaborados e uma série de conteúdos pedagógicos em formato digital. “Os professores mais experientes ajudaram os mais novos a compreender esses tutoriais”, lembra a diretora. “Foi uma lindeza”. 

Um outro setor que entrou ativamente nesse processo foi a Biblioteca, que se organizou como uma grande curadoria de conteúdo e um polo de centralização de tudo aquilo que envolvia a cultura do escrito, ainda que em suporte digital. 

Debora conta que até a segunda semana da quarentena, a equipe da Escola já havia produzido mais de 80 objetos digitais de literatura só para o Fundamental 1, fora os disponíveis nas redes e nas editoras que abriram os seus arquivos. A Biblioteca organizou um núcleo central dentro do Santa Virtual tanto de curadoria quanto de centralização de todo esse saber letrado em suporte digital.

Do mesmo esforço participou o Nupi, Núcleo de Práticas Inclusivas do Santa, que tem uma equipe de coordenação, assistentes e estagiários. Esse Núcleo deu logo início ao trabalho de suporte aos professores no planejamento de práticas inclusivas focado nos alunos, em iniciativas que ora são coordenadas pelos professores ora pelos membros do Nupi. “Ninguém poderia ficar de fora”, sustenta Debora Vaz. “Todos são alunos do Santa”.

Nada de replicar aulas presenciais no digital

A Equipe do Santa Cruz entendeu desde o início que não era o caso de replicar as aulas presenciais no ambiente digital, simulando a escola tal como existia antes da quarentena. Esse modelo não funcionaria bem para as características da instituição e não se coadunava com a sua cultura pedagógica. 

O caminho foi usar todas as plataformas e ferramentas digitais já utilizadas pela escola, com alternativas e soluções pedagógicas diversificadas cuja montagem contou com a participação decisiva dos próprios professores. A busca por novos recursos e ferramentas nunca termina.

A partir do Ensino Fundamental 2 até o Ensino Médio, as lives ou encontros “síncronos” acontecem todos os dias. Mas o objetivo aqui é muito mais o de promover a colaboração, a troca e a síntese entre alunos e dos alunos com os professores. 

“Não queremos substituir ou simular um horário único o tempo todo, um momento real e imediato de aula”, explica a diretora pedagógica. “Continuamos, por exemplo, acreditando na importância da aula expositiva especialmente se ela deixar espaços para o diálogo, a troca de olhares, os estranhamentos, as contribuições dos alunos.”

Moises Zylbersztajn, coordenador do Núcleo de Cultura Digital do Santa, acrescenta: “às vezes nem é uma videoconferência, é um fórum em que o professor cria e fica de plantão naquele período para conversar com os alunos”.

Para oferecer o necessário conteúdo curricular, professores gravam aulas em vídeo e encaminham sequências didáticas aos alunos. “Desde o início, as equipes acompanharam a regulação nas áreas e disciplinas e na proposição de conteúdos que coubessem na rotina dos alunos”, lembra Moises. “Aos poucos, passamos a compreender o ritmo mais adequado e a planejar as atividades em prazos possíveis e bem distribuídos.”

Plataformas: Moodle e Google Sala de Aula

A plataforma mais utilizada no Fundamental 2 e no Ensino Médio é o Moodle. Ela foi escolhida porque permite uma “conversa” com outras plataformas e recursos. “Essa flexibilidade nos agrada muito”, aponta Debora Vaz. Moises Zylbersztajn dá mais detalhes:

–  Vivemos há 15 anos dentro do Moodle. Professoras do Fundamental 2 e do Médio publicam há muito tempo conteúdos complementares, sugestões, aprofundamentos, ampliações dentro do Moodle de cada curso. Quando se trata de uma atividade de avaliação, ou trabalho coletivo, eles podem apontar um hiperlink para o Google Sala de Aula. E aí fica misturado, que é o ideal. Procuramos tirar o melhor de cada plataforma.

No Fundamental 1 e na Educação Infantil o Santa Cruz recorre ao Google Sala de Aula como plataforma principal, que se soma a um vasto repertório de recursos e ferramentas digitais. Debora Vaz dá mais detalhes: 

Em todas as séries usamos inicialmente a força das equipes para produzir objetos digitais, aulas, sequências que pudessem servir para a sua própria sala de aula e, também, para serem compartilhados com os colegas. Há materiais compartilhados entre os professores de cada série e há outro tanto que é de autoria local e original de cada professor de sala. No 1º e no 2º  anos, o mesmo modelo, o Google Sala de Aula. No 1º ano, como os alunos ainda não têm autonomia plena para usar esses recursos, precisamos contar com a mediação de adultos (pais ou outros familiares). Trabalhamos bastante para não confundir a necessidade da presença de um adulto com convocar o pai a ser professor. A gente não quer isso. Eles devem apoiar a mediação.

Currículo publicado na nuvem e avaliação

Um dos efeitos inesperados, e positivos, da quarentena e da migração para o digital é lembrado pelo coordenador do Núcleo de Cultura Digital. Moises Zylbersztajn revela que  “parte do currículo da escola está agora publicado em suportes, telas que adentraram às salas, quartos, cozinhas...”. Esta é uma oportunidade para que os pais conheçam em detalhes o “conjunto da obra” do Santa. 

Nesse novo momento, professores e coordenadores são estimulados a olhar permanentemente para esse acervo e a pensar sobre ele, de forma a superar desafios e a propor novos caminhos. “Esta é uma marca identitária do Santa”, afirma Moises.

A avaliação foi outra decisiva atividade pedagógica a sofrer enorme impacto com a migração para o digital. “Não adotaríamos um modelo único de avaliação”, explica Debora Vaz. “Isso quebraria um princípio da escola que acredita nas avaliações parciais, processuais, que valoriza a ideia de que os professores das áreas e das disciplinas têm saberes muito específicos sobre avaliação que precisam ser levados em conta”.

Para Debora Vaz, a avaliação deve considerar um dos “eixos fundantes” do Santa Cruz. A Escola “aposta muito na formação acadêmica bem construída, sólida e complexa”. E, simultaneamente, dá valor à formação de um aluno culto, crítico, sensível, aberto à música, à literatura, às artes plásticas, às artes em geral. Diante desse cenário, um único modelo de avaliação não seria suficiente.

Moises Zylbersztajn acrescenta outras reflexões. Na quarentena, os alunos consultam os colegas, a internet. Nessas circunstâncias, como produzir uma avaliação sobre o que eles aprenderam? “Precisamos talvez de avaliações que abram caminho para que os alunos possam pensar por conta própria e apresentar reflexões originais e pessoais que naturalmente não são passíveis de plágio”. 

Moises acredita também que é importante pensar em modelos de avaliação mais coletivo, menos individual. Como os alunos estão conectados entre si, talvez a avaliação devesse levar em conta os trabalhos mais coletivos. “Como podemos aproveitar melhor esse poder do coletivo?”

A importância crescente da escola

“A quarentena não vai durar para sempre”, brinca Debora Vaz. O importante, ela acredita, é ampliar a escuta, compreender as demandas dos professores, dos alunos e das famílias, agir em consequência desse aprendizado e manter-se sempre aberta às mudanças da realidade. “A atitude do Colégio Santa Cruz é uma atitude aprendente”.

Estamos melhorando as nossas práticas, ampliando as escutas, formulando perguntas cada vez melhores para a equipe, os alunos e os pais. Tudo isso para poder aprender sempre. A escola faz falta na vida das crianças, dos jovens e dos adolescentes. Queremos fazer dessa experiência um momento de aprendizagem.

Moises Zylbersztajn segue o raciocínio: 

É uma situação que potencialmente nos permite avançar em relação à cultura digital, sem abrir mão, no entanto, do legado e da importância da construção histórica da escola. Todos, sem exceção, estamos sendo chamados a lidar com gestão de informação, documentação, arquivos, vídeos, produção, publicação, consumo de material digital. A fluência digital possibilita um uso mais intenso, inédito, que não existiria se não houvesse essa crise. Diria que reconhecemos as conquistas e faremos uma grande reflexão sobre as aprendizagens possíveis em meio a essa importante crise mundial.

 

Adotada como principal medida de prevenção contra a pandemia de Covid-19, a quarentena impôs à sociedade alguns desafios. A Escola Mais, associada à Abepar, é uma das escolas de São Paulo que tem encarado o desafio de dar continuidade ao processo pedagógico com a mesma qualidade oferecida no ensino presencial. Para dar o suporte necessário aos alunos do Ensino Fundamental 2 e do Ensino Médio matriculados nas três unidades da capital, a Escola Mais tem utilizado como nunca a tecnologia já conhecida pela comunidade escolar.

De acordo com José Luiz Aliperti Jr., diretor presidente e sócio-fundador da Escola, a migração das aulas para o ambiente virtual foi tranquila graças à experiência adquirida por alunos e professores com as ferramentas tecnológicas. Ao chegar à Escola Mais cada aluno recebe um computador e pode acessar a plataforma Escola Mais Digital todos os dias. “Essa plataforma já oferece suporte a videoaulas ao vivo”, explicou o diretor. “Só integramos mais este recurso ao nosso dia a dia, o que tornou a migração muito mais fácil. Todo o processo, inclusive, foi muito bem avaliado pelas famílias”. 

A rotina dos alunos ficou praticamente inalterada, segundo Aliperti. “A Escola Mais é uma instituição de período integral, o que significa que os alunos continuam estudando pela mesma carga horária”, conta. Pela manhã, os estudantes assistem às aulas ao vivo com os professores. À tarde, através da plataforma Escola Mais Digital, cumprem o roteiro de estudos desenvolvido pela equipe pedagógica, que contam com conteúdos em diferentes formatos, além de exercícios e avaliações.

Além das aulas ao vivo e do roteiro de estudos, os estudantes contam com atendimento individual e também com a mentoria oferecida pela equipe pedagógica. Individualmente ou em pequenos grupos, os alunos que apresentam alguma dificuldade em compreender os conteúdos são atendidos pelos professores, que os auxiliam em suas dúvidas. 

“A equipe está muito envolvida na manutenção das atividades da Escola neste momento”, conta o diretor. “Apesar do grande impacto que o distanciamento trouxe ao modo como trabalhávamos, estão todos muito motivados e engajados em fazer o seu melhor”.

Atendimento à rede pública de ensino

A expertise da Escola Mais na utilização de plataformas educacionais é também compartilhada com a rede pública de ensino. A Escola Mais Digital, iniciativa criada pela instituição, oferece gratuitamente aos alunos das escolas públicas os materiais pedagógicos desenvolvidos pela Mais. 

“A iniciativa disponibiliza aos alunos da rede pública o acesso a todos os conteúdos da Escola Mais Digital, além da programação de mais de 4 horas diárias de aulas com transmissão ao vivo”, esclarece o diretor. 

Em São Paulo, o programa Escola Mais Digital está disponível para toda a rede estadual de ensino, que conta com mais de 1,3 milhão de alunos. Mas o serviço também é oferecido a municípios de outros estados, como os de Salvador (BA), Nova Iguaçu (RJ), Casimiro de Abreu (RJ), Araripina (PE), Caruaru (PE) e de Gentio de Ouro (BA). No total, são atendidos mais de 1,5 milhão de alunos da rede pública.

“Não é o caso do Estado de São Paulo, mas a maioria dos alunos atendidos pela Escola Mais Digital depende exclusivamente desse programa para prosseguir com seus próprios estudos durante a quarentena”, afirma o diretor. 

Aprendizados e pós-quarentena

A experiência com as aulas não presenciais tem trazido aprendizados interessantes para a equipe pedagógica da Escola Mais. Exemplo disso são as aulas ao vivo que ficam gravadas na plataforma Escola Mais Digital.

“Descobrimos que esta é uma funcionalidade muito útil para uma série de situações”, comenta o diretor. “Embora a Escola conte com quase todos os seus alunos participando das aulas ao vivo todos os dias, é normal que alguns estudantes não possam participar das aulas por algum motivo, vez ou outra. E esses estudantes podem facilmente assistir à gravação da aula que perderam”. 

Os professores também são orientados a aprimorar suas práticas através da plataforma. A partir das gravações, a equipe pedagógica assiste às aulas dos professores e desenvolve um processo de formação continuada para que os docentes possam aprimorar a sua didática. “Estes são alguns exemplos de benefícios que os recursos utilizados podem trazer também ao presencial”. 

Essas e outras ideias estão sendo avaliadas por um comitê especialmente organizado pela Escola Mais para definir como receber a comunidade escolar – alunos, famílias, professores e funcionários – e como retomar as aulas depois da quarentena. “Certamente há outras soluções que podemos incorporar e que poderão beneficiar a rotina escolar de outras maneiras”, acredita José Luiz. 

 

Quase dois meses após a interrupção das atividades presenciais devido à pandemia do novo coronavírus, a Escola Lourenço Castanho já se adaptou a nova rotina e dá continuidade ao trabalho por meio de plataformas online. Associada à Abepar, essa tradicional instituição está situada na Vila Nova Conceição, bairro da zona Sul da capital. A escola atende do Ensino Infantil ao Médio e mantém, mesmo a distância, o contato e a atenção constante com os alunos de todas as séries e suas famílias. 

Educação Infantil 

Na Educação Infantil, são preparados e enviados, por e-mail, materiais semanais para que os pais possam realizar com as crianças. As professoras gravam vídeos e áudios, propõem atividades e fazem contação de histórias para as crianças.  

O diretor geral da escola, Alexandre Abbatepaulo, conta que de tempos em tempos, o Infantil tem acesso a um material físico que os pais retiram na escola e que contém materiais de papelaria, brincadeiras e jogos de modo a facilitar a realização das atividades propostas pelas professoras. 

Um dos momentos importantes durante esse processo envolve os encontros ao vivo com os amigos e professoras, via Zoom. Eles são agendados com os pais e a frequência vária para cada faixa etária. Os menores participam de um número menor de encontros durante a semana e os maiores têm mais dias de lives. 

O trabalho está sendo bem aceito pelos pais, que também recebem suporte da escola. “Realizamos várias rodas de conversa com eles, para dar um apoio nesse momento”, explica Abbatepaulo. “A gente tem um trabalho no lado educacional e de acolhimento às famílias muito forte na Lourenço. Mantivemos isso durante esse período”. 

Ensino Fundamental 1

No Fundamental 1, a forma de trabalho é similar ao Infantil, mas com maior intensidade. As atividades e propostas são encaminhadas por e-mail aos pais, assim como o agendamento das lives. Os encontros ao vivo ganham mais frequência de acordo com as séries, sendo realizadas diariamente com o 4º e 5º anos. 

Segundo o diretor geral, esse modelo foi sendo construído ao longo do tempo, até chegar a um formato que se adaptasse e atendesse a todos, como aconteceu com as lives. “O desejo dos pais no início era que aumentássemos o número desses encontros. Fizemos isso de modo a que todos se sentissem mais confortáveis e adaptados”.  

Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio

A plataforma Moodle, que já era utilizada pela escola, virou a ferramenta principal para a continuidade do trabalho no Fundamental 2 e Ensino Médio. As atividades, tarefas e trabalhos são postados na plataforma e todos os alunos e professores têm acesso. 

Os professores tem a autonomia de decidir a melhor forma de compor cada aula, podendo ser uma videoaula ou uma aula ao vivo por meio do Teams. “A gente percebeu conversando com os alunos que quando o professor ensina uma matéria nova, eles preferem videoaula”, conta o diretor geral. “Quando é uma resolução de exercícios, por exemplo, eles preferem a aula ao vivo, para poder ter uma interação maior”. 

Durante o período da tarde, os alunos têm acesso a um plantão de dúvidas, como acontecia presencialmente na escola. Os professores designados para cada dia ficam disponíveis no Teams e os alunos podem entrar e conversar com eles.

Os momentos da orientação educacional também foram adaptados para o ambiente virtual. São marcados horários com cada turma e, às vezes, com grupos menores para os alunos conversarem com o coordenador da série e entre si. Além da roda de conversa com os pais, que acontece em todas as séries.

Depois da adaptação, o processo de avaliação começou a ser preparado para o Fundamental 2 e Ensino Médio. As provas são pensadas na plataforma Moodle, que permite a criação de provas tanto de múltipla escolha quanto dissertativas. 

Desafios e aprendizagens

Abbatepaulo conta que o período de transição para o novo modelo foi um desafio para os professores. Agora, a estrutura está rodando de maneira funcional, com todos já familiarizados. “Essa aproximação com a tecnologia foi algo muito importante que aconteceu e que precisava acontecer”, diz. “A gente vai poder aproveitar algumas dessas estruturas e mantê-las quando voltarmos”.

 

 

Mesmo com o distanciamento social, imposto pelo novo coranavírus, a Carandá Vivavida continua próxima da comunidade escolar. Na última edição da sua newsletter, a escola passa uma mensagem para pais, alunos e professores: “Estamos juntos, mesmo que a distância”.  

Nessa edição, entre outros assuntos, pais e alunos também contam, em depoimentos, como estão passando por esse período de isolamento e como cada um está se adaptando à nova rotina. 

Veja a news completa aqui.

O Projeto 2021 continua na Carandá Vivavida e a mudança para a nova sede está prevista para junho do ano que vem. A nova edição da newsletter da escola mostra todos os cuidados tomados durante as obras nesse período de pandemia, com o intuito de preservar a equipe e manter o projeto avançando. 

Essa edição também está recheada de dicas de livros e filmes para a comunidade escolar, que agora entra em férias, e traz mais detalhes sobre o Curso de Férias da Carandá. Confira na newsletter. 

Com o distanciamento social imposto pela Covid-19, o Colégio Santa Maria também precisou se adaptar à nova realidade de aulas não-presenciais. O Colégio, associado à Abepar, dispõe de diversas plataformas digitais, adequadas para cada etapa de ensino, que permitiram à equipe pedagógica dar sequência ao trabalho iniciado no começo do ano letivo. Com a equipe escolar e as famílias em contato frequente, todos os alunos tiveram o suporte necessário para continuar estudando e aprendendo. 

Infantil: atividades e brincadeiras

A essência da Educação Infantil não foi perdida durante a quarentena. A equipe organizou propostas e orientações de atividades e brincadeiras que levam em conta a concepção do Colégio sobre o que é a infância, o brincar e as diferentes linguagens para as crianças. 

A coordenadora da Educação Infantil, Dra. Karine Ramos, conta que no início foi criado um canal no Youtube para que os pais pudessem acessar com as crianças. Nesse espaço foram postados vídeos das professoras cantando músicas e lendo histórias infantis para os alunos. 

Com o prolongamento da quarentena, a equipe decidiu pela criação de um Google Classroom para que as crianças pudessem ver as professoras. Diariamente, elas postam vídeos com a rotina do dia, com uma atividade e várias brincadeiras. No espaço, os pais também recebem orientações sobre como realizar as propostas.

"Procuramos encontrar um equilíbrio. Nossa intenção é garantir o bem-estar das crianças, e não enchê-las de atividades", diz Karine. “Além disso, damos uma orientação aos pais para que eles não fiquem sem um encaminhamento pensado e planejado por pedagogas".

O Colégio incorporou também os momentos de live, em que duas vezes por semana as crianças se reúnem ao vivo com a professora. Nesses dias, todos podem se ver e conversar e as professoras preparam músicas, histórias e atividades de movimento para realizar com as crianças. 

Ensino Fundamental 

O plano pedagógico no Fundamental vem sendo desenvolvido normalmente através da plataforma Edmodo. Esse recurso já era utilizado com os alunos de 3º a 9º e, com a quarentena, foi implementado em todas as séries. “Aproveitamos o espaço que tínhamos ali e que os alunos já sabiam utilizar”, explica o coordenador de tecnologia educacional, Muriel Vieira Rubens. 

Todas as atividades, tarefas e videoaulas ficam registradas na plataforma para que o aluno possa acessar quando quiser. O mesmo acontece com as lives. As transmissões ao vivo são um momento de interação entre alunos e professores para tirar dúvidas e fazer correções, além de ajudar os alunos a assimilar novos conhecimentos.

Os professores também têm acesso a um estúdio de audiovisual no Colégio, onde podem gravar as videoaulas e outros materiais, recebendo todo o suporte presencial da equipe de tecnologia. 

Para ajudar as famílias e os professores com as diversas ferramentas, o Colégio preparou um endereço na web, reunindo tutoriais sobre como utilizar cada recurso. “Lá eles aprendem a acessar a plataforma, como verificar as tarefas postadas e obtêm dicas sobre as chamadas de vídeo”, conta Rubens. “Preparamos esses materiais de acordo com a demanda recebida ao longo do tempo”. 

Além dos conteúdos, a escola é um local de trocas, de socialização e de diversão. Pensando nisso, o Santa Maria preparou gincanas para os alunos, uma proposta que vem do presencial e está sendo adaptada para a modalidade a distância. “É preciso oferecer coisas novas para os alunos”, acredita o coordenador de TE. “Isso dá mais dinamismo à rotina deles e combate o tédio de ficar em casa o tempo inteiro”.

O Ensino Médio e as novas plataformas

Este ano, o Colégio Santa Maria havia iniciado a reformulação do Ensino Médio, adotando o regime integral e com mudanças profundas no currículo escolar. São medidas graduais, que começaram a ser implementadas no 1º ano e incluíam a introdução de novas disciplinas, novas dinâmicas de aulas e de sistema de avaliação.

Para viabilizar esse novo modelo, o Colégio adotou a plataforma Google For Education, com o Google Classroom, e forneceu cursos e treinamentos para todos os professores do Ensino Médio. Quando as atividades presenciais tiveram que ser interrompidas, todos já estavam familiarizados com as ferramentas online, que passaram a ser utilizadas em todas as séries. 

Segundo Silvio Freire, diretor do Ensino Médio, a equipe se organizou por áreas de conhecimento e os coordenadores de cada série montaram grupos de formação para desenvolver as atividades. “Também estabelecemos um cronograma para cada semana”, conta o diretor. “Decidimos o que e como cada professor vai trabalhar com os alunos. Assim, todo mundo se ajuda e fica a par do que está acontecendo”. 

No online as aulas ganham outra dinâmica e cada professor utiliza as ferramentas mais adequadas para a sua disciplina. Freire conta que o Google oferece mais de 60 tipos de atividades diferentes, e os professores usam isso a seu favor. As aulas se dividem em videoaulas e lives, mas a hora de resolver exercícios e de tirar dúvidas acontece sempre ao vivo, com a ajuda do professor. 

As aulas de artes e de educação física também foram mantidas, assim como as avaliações, que ganharam adaptações para esse momento.  “Os resultados estão sendo bastante positivos, todos se adaptaram bem”, conta Freire. 

Os alunos do 3º ano que participavam do cursinho pré-vestibular oferecido na escola continuam com as aulas em casa. "Como o cursinho é do Sistema Anglo, a plataforma é diferente. Mas eles continuam os estudos da mesma forma, com aulas ao vivo e ferramentas fornecidas pelo Sistema Plural", explica o diretor do Ensino Médio.

Contato com as famílias

Em todas as séries, o contato com as famílias foi intensificado. Sem perder a sua essência, o Colégio continua atendendo e dando suporte a quem precisa. No Ensino Fundamental e Médio, os coordenadores entram em contato com os responsáveis quando notam que algum aluno não tem entrados nas aulas. Eles procuram também orientar as famílias que tenham alguma dificuldade no uso das ferramentas. 

Na Educação Infantil, Karine Ramos, coordenadora desse segmento, conta que as famílias estão gostando das propostas e gratas por todo o suporte. “Um dos pontos positivos que toda a escola vai levar para quando retornarmos às atividades é esse fortalecimento da parceria entre a família e a escola”, diz. “As dificuldades da vida fazem com que as pessoas criem vínculos ainda mais fortes”.