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Referência internacional de qualidade na área de saúde e, mais recentemente, na área de pesquisa e combate ao novo coronavírus e à Covid-19, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein será agora o principal parceiro e consultor das escolas associadas à Abepar na retomada gradual e segura das atividades escolares presenciais. A parceria estará estampada no selo Einstein Padrão de Qualidade e Segurança (Covid-19).

O objetivo do convênio é preservar a saúde de alunos, professores e funcionários, além de dar segurança às famílias e à comunidade escolar. A Abepar entende que esse processo de retomada das atividades presenciais deve ser feito com a máxima prudência. 

O reinício das aulas presenciais seguirá rigorosamente os protocolos sanitários nacionais e internacionais e a orientação científica de quem está na liderança das pesquisas em nosso país.

Assinado agora em julho, o convênio Abepar/Einstein prevê a realização, nas próximas semanas, de um mapeamento da infraestrutura física das escolas e dos modelos de transportes utilizados pelos alunos e colaboradores. O acordo inclui também a criação de padrões médicos para o atendimento a casos suspeitos e o treinamento das equipes que estarão à frente do trabalho.

Tudo estará pronto para o reinício gradativo das atividades presenciais assim que as autoridades de Educação e Saúde do Estado de São Paulo autorizarem a retomada.

Parte importante do trabalho envolve a comunicação com os colaboradores, com os alunos e com toda a comunidade escolar. Serão realizados webinários internos e outros voltados aos alunos e às famílias, com a participação de especialistas do Einstein. 

A Abepar e suas escolas associadas buscam, com esta e outras iniciativas, vencer essa dura etapa da quarentena. Com o apoio indispensável do melhor corpo médico e científico do país, vamos fazer o que for necessário para acolher bem os nossos alunos e a nossa comunidade, buscando sempre preservar a saúde e a integridade de todos. 

Juntos haveremos de superar esse desafio.

 

Associação Brasileira de Escolas Particulares
São Paulo, 14 de julho de 2020

 

 

O Plano de Retorno da Educação, divulgado nesta quarta-feira, 24 de junho, pelo governo paulista, revela o excepcional cuidado das autoridades estaduais em relação ao retorno gradual das atividades presenciais nas escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, além do Ensino Superior. Louve-se ainda a postura democrática da Secretaria da Educação em convidar entidades do setor para participar da elaboração do Plano. A Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) foi uma delas.

Esse diálogo, salutar e indispensável, deve ser mantido como regra comum, especialmente em situação excepcional como a que vivemos hoje. O Plano recém-divulgado pode, no entanto, merecer aprimoramentos. Algumas das decisões apresentadas surpreenderam a comunidade escolar e pareceram em desacordo com as tendências observadas nos encontros realizados pelo comitê liderado pelas autoridades estaduais.

Dois pontos merecem destaque. Um deles é a regionalização. Havia a expectativa de que as autoridades pudessem considerar as realidades específicas de cada região do Estado quanto às taxas de transmissão do novo coronavírus e às demais condições de enfrentamento da Covid-19. Ao considerar o Estado de São Paulo como um todo homogêneo, o Plano pode acabar prejudicando estudantes e famílias em regiões onde a pandemia estiver sob controle. Essa decisão contrasta, também, com o Plano São Paulo, do próprio governo paulista, que propôs a divisão do Estado em regiões de acordo com o estágio de cada uma em relação à pandemia.

Para o retorno gradual às aulas, o caminho da regionalização é mais realista diante do cenário da pandemia, considerando aqui, indistintamente, a rede pública e a rede privada. Acreditamos que o ideal é que o retorno ou não às atividades presenciais nas escolas se faça levando em conta as características e a realidade de cada uma das regiões do Estado diante dos números da pandemia.

Outro ponto a merecer revisão, na visão da Abepar, diz respeito ao tratamento único para os diferentes ciclos de ensino – da Educação Infantil ao Ensino Superior. A Educação Infantil deve receber especial atenção até por força das implicações sociais que ela tem para as famílias, especialmente para as que têm filhos matriculados na rede pública. Como voltar ao trabalho se não há escolas e creches abertas para deixar os filhos? Outra consequência social negativa é o risco de fechamento de escolas particulares de Educação Infantil. A rede pública terá condições de absorver essas crianças?

São pontos que apresentamos à reflexão das autoridades estaduais de educação e dos setores de saúde e desenvolvimento. A Abepar acredita que, tanto para a rede pública quanto para a particular, é possível preservar o respeito mais criterioso aos protocolos de saúde e às regras de distanciamento social oferecendo alternativas às famílias e aos alunos para uma volta segura e parcial às atividades letivas presenciais.

Um das medidas alternativas que a Abepar propõe ao governo do Estado é abrir espaço para que as escolas, públicas e privadas, possam dar início, ainda em agosto, a trabalhos de acolhimento socioemocional e a atividades avaliativas – desde que, naturalmente, atendam às condições sanitárias e aos protocolos já estabelecidos. Trata-se de um movimento muito importante, seja para escolas públicas, seja para a rede particular. As consequências da quarentena precisam ser superadas com gestos profundos de escuta ao aluno e à família, cuja situação emocional vem sendo duramente afetada nesses tempos.

Finalizamos essa carta reforçando mais uma vez a importância do diálogo das autoridades estaduais com a comunidade escolar. Estamos todos do mesmo lado, combatendo juntos e solidários a terrível pandemia do novo coronavírus. Juntos poderemos tornar essa travessia menos árida a quem realmente importa – o aluno, a família, o professor e toda a comunidade educativa.

Associação Brasileira de Escolas Particulares
São Paulo, 25 de junho de 2020

 

Imagem: fizkes/iStock.com

A Associação Brasileiras de Escolas Particulares anuncia a adesão de um novo integrante ao seu quadro associativo. Trata-se do Colégio Dante Alighieri, um dos mais tradicionais de São Paulo, fundado em 1911 por imigrantes italianos. A escola foi construída próxima a uma Avenida Paulista ainda com chácaras, árvores e raros casarões. Em 17 de fevereiro de 1913, quase dois anos depois, 60 alunos começavam suas atividades escolares no edifício Leonardo da Vinci, com professores trazidos da Itália. Tradicional, porém à frente de seu tempo, o colégio já mostrava seu espírito inovador aceitando alunos de ambos os sexos.

Conheça o Dante

O Dante é um colégio que tem conseguido de forma eficiente unir sua tradição à inovação. Atende alunos desde os três anos até a terceira série do Ensino Médio. Oferece o ensino bicurricular italiano e brasileiro, o curso ECCE, e tem também a dupla certificação (brasileira e estadunidense) através do programa Dual Diploma High School. Com seu programa de pré-iniciação científica, estimula a investigação e a resolução de problemas. É um dos colégios mais premiados do Brasil em competições científicas nacionais e internacionais.

A abordagem da tecnologia e da experimentação científica começa já na Educação Infantil. Conta com infraestrutura atualizada em termos de tecnologia, literatura, artes, esportes e ciências – com um dos mais proeminentes museus escolares de História Natural do Brasil.

A proposta educacional se ampara na excelência do ensino para a formação de um indivíduo com consciência de seu papel de sujeito no mundo, munido de artefatos acadêmicos e culturais que lhe permitam conhecer, compreender e mudar a realidade em que vive.

A integração de várias áreas do conhecimento por meio da abordagem STEAM-S (Science, Technology, Engineering, Arts and Math, incorporada pelo Colégio com o acréscimo das Ciências Humanas, representadas pela letra S, de social) é um dos caminhos trilhados para que isso se realize. Além disso, o Dante desenvolve um trabalho consistente no desenvolvimento de habilidades socioemocionais, promovendo o aprendizado e o aprimoramento de competências importantes não somente para que os alunos e alunas obtenham sucesso nos estudos e em suas futuras profissões, mas para que sejam capazes de reconhecer, nomear e lidar com suas emoções e relações humanas.

Os mais de 100 anos da instituição testemunham o cumprimento do ideal de seus fundadores: unir as duas culturas – a da Pátria deixada e a da Terra abraçada –, manter vivos valores éticos e educacionais, buscar o conhecimento de excelência, promover a cidadania e o respeito, incentivar a amizade e traduzir em realidade o espírito humanista de seu patrono, Dante Alighieri.

História do Colégio

A trajetória do Colégio Dante Alighieri tem início nos primórdios do século passado, com a colônia italiana se estabelecendo em São Paulo. Na época, os italianos perceberam a necessidade de uma instituição de ensino que preservasse suas raízes e cultura. O projeto tomou forma quando o conde Rodolfo Crespi, industrial de sucesso e grande expoente da colônia italiana em São Paulo, prontificou-se a angariar fundos para tal fim.

Em 9 de julho de 1911, nascia o “Istituto Medio Italo-Brasiliano Dante Alighieri”. A escola foi construída próxima a uma Avenida Paulista ainda com chácaras, árvores e raros casarões. Em 17 de fevereiro de 1913, quase dois anos depois, 60 alunos começavam suas atividades escolares no edifício Leonardo da Vinci, com professores trazidos da Itália. Tradicional, porém à frente de seu tempo, o “Istituto” já mostrava seu espírito inovador aceitando alunos de ambos os sexos.

 

A Beacon School está promovendo uma série de lives durante o período de isolamento social, com o propósito de debater temas que afetam a comunidade escolar em tempos de pandemia. O próximo convidado da Beacon Talks é o economista José Roberto Mendonça de Barros. O encontro está marcado para o dia 27 de maio, às 19h30, e o tema de debate será “Os impactos da crise atual sobre as pessoas e as empresas”. 

A live será realizada no Instagram da escola: @beacon.school

O convidado

José Roberto Mendonça de Barros é economista, doutor em economia pela Universidade de São Paulo (1973). É fundador e sócio-diretor da MB Associados, membro do Conselho Consultivo da Febraban, da Usinas Itamarati, Scotiabank e da Associação Sociedade de Cultura Artística. 

 

Imagem: Suwaree Tangbovornpichet/iStock.com

A pandemia do novo coronavírus trouxe muitas mudanças para o cenário educacional do Brasil. Para discutir os impactos desse contexto para a formação docente continuada e para a gestão escolar, a gestora do Colégio Magister, Kátia Martinho Rabelo, foi convidada pela Geekie - plataforma de educação online - para participar de um debate no dia 28 de maio, às 15h. 

Participará também do bate-papo, o professor e doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo, José Moran. Os convidados contam com a experiência na área de inovação educacional e gestão para discutir os aprendizados adquiridos e as adaptações realizadas pelas escolas durante esse período de isolamento social.

O debate será transmitido pelo canal de YouTube da Geekie. A inscrição é gratuita, acesse aqui. 

Leia aqui o artigo de Katia Martinho Rabelo que serviu de inspiração para o debate. 

Para dar conta do grande número de eventos promovidos pelas escolas associadas, a Abepar inaugura agora um novo espaço em seu website. Trata-se do Calendário de Eventos, criado especialmente para que as associadas possam divulgar palestras, cursos, feiras, seminários, festividades. 

É um espaço aberto às associadas para que elas possam dar a mais ampla divulgação das atividades que realizam. O Calendário de Eventos vai reunir todo esse conjunto de informações de forma acessível, organizada e prática. Acesse o Calendário clicando aqui ou acessando o item “Eventos” no menu do site.

Para ter seu evento publicado no calendário da Abepar, basta que a escola associada contate a equipe de comunicação enviando um e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..  No e-mail, inclua um breve resumo do evento, assim como os dados essenciais: dia, horário e local. Imagens podem ser anexadas no mesmo e-mail.

O prazo para ter o seu evento publicado é de 1 dia útil. 

A Abepar espera contar com a contribuição de todos.

 

Imagem: baloon111/iStock.com

Por decisão unânime de seus ministros, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional uma lei aprovada no município de Novo Gama (GO) que proibia a discussão de gênero nas escolas. O tema chegou ao Supremo em 2017 por iniciativa da Procuradoria Geral da República (PGR). 

Coube ao ministro Alexandre de Moraes a relatoria do processo que analisou a constitucionalidade de lei aprovada pela Câmara Municipal de Novo Gama em 2015, que proibia "a divulgação de material com referência a ideologia de gênero nas escolas municipais de Novo Gama". 

Segundo a PGR, a lei municipal invadiu a competência da União de legislar sobre diretrizes e bases da educação, feriu o direito à igualdade, feriu também o princípio da laicidade do Estado e o direito à liberdade de estudar, aprender, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber.

Outras 15 ações relacionadas ao movimento Escola Sem Partido e à proibição da discussão de gênero e sexualidade nas escolas correm no Supremo Tribunal Federal. 

Abepar posicionou-se contrária ao movimento

Desde o início do movimento Escola sem Partido, a Abepar posicionou-se contrária a movimentos que procuravam tutelar a atividade pedagógica. Em documento de julho de 2016, a Associação declarou que adota a democracia como valor maior “o que implica ampla aceitação das diferenças políticas, ideológicas, religiosas ou culturais”. E continuou: “iniciativas que visam interferir na sala de aula, ainda que bem-intencionadas, podem contribuir muito mais para punir a diversidade, o pensamento livre e a fomentar a exclusão do que a limitar a partidarização”. Veja aqui a íntegra do documento.

Mais de 60 entidades e organizações lançaram em 2018 o Manual contra a Censura nas Escolas, uma manifestação contra os movimentos que ferem a liberdade de ensino. Na época, essas entidades fizeram um apelo ao STF para o julgamento com urgência de leis que tentavam aplicar, em estados e municípios, as propostas do Escola Sem Partido.

Imagem: diegograndi/iStock.com 

 

 

Em tempos de isolamento social, o Colégio Magister está preocupado com a saúde emocional dos alunos e professores. Por isso, convidou o psicólogo clínico Gustavo Zancheta para uma  no dia 29/04, às 17h. A conversa com o público trata do tema “Lidando com as emoções: dicas para uma rotina leve e produtiva em tempos de isolamento social”

Gustavo Zancheta é psicólogo clínico e pós-graduado. Possui experiência com atendimento de crianças, jovens, adultos e casais, tendo ênfase na abordagem cognitiva e comportamental, além de uma vasta experiência em casos de ansiedade, depressão, stress, entre outros.

A live será transmitida nas redes sociais do Colégio Magister. Acesse:

Instagram: @colmagister
Facebook: facebook.com/colmagister
Youtube: https://tinyurl.com/colmagister

 

Serviço
Data: 29/04
Horário: 17h
Local: Redes Sociais do Colégio Magister

 

Imagem: inga/iStock.com

Escolas, professores, funcionários, alunos e suas famílias tiveram as suas rotinas radicalmente alteradas desde a recente decretação da pandemia do novo coronavírus e das medidas de quarentena e distanciamento social definidas pelas autoridades. 

Nossas Equipes abraçaram o desafio de propor e realizar atividades não-presenciais e fizeram isso em poucos dias, alterando substancialmente a essência do nosso trabalho pedagógico, que é presencial, olho no olho, no qual a troca interpessoal e a socialização desempenham papel decisivo.

Nossa comunidade reconheceu esse esforço coletivo. E está colaborando ativamente para o bom resultado desse trabalho que envolve atividades não-presenciais. Ressalte-se, no entanto, que essa modalidade é mais bem-aceita para alunos das séries mais avançadas do Ensino Fundamental 1 em diante.

A dificuldade maior está, naturalmente, no trabalho voltado às crianças da Educação Infantil e das primeiras séries do Fundamental. Nesse caso, a troca, o olhar, a brincadeira coletiva e as atividades socializadoras são ainda mais importantes. Realizar tudo isso à distância com os pequenos exige estreita colaboração com a escola por parte dos adultos da família, que têm, por seu turno, as suas próprias atividades, responsabilidades, trabalhos etc.

As escolas da Abepar seguem cumprindo bem o papel a que se propuseram desde o início da pandemia – o de oferecer aos alunos e alunas a continuidade dos estudos mesmo em situação longe da ideal. O pior dos mundos teria sido interromper as atividades pedagógicas, deixando alunos ociosos e famílias sem essa referência essencial para a vida de todos.

O desafio agora é pensar em estabelecer um novo cronograma de aulas e de férias escolares em meio à pandemia e à quarentena. Felizmente as escolas dispõem de flexibilidade legal para estabelecer o seu próprio cronograma de atividades. Devemos, a esse respeito, levar em conta o seguinte cenário:

  1. Não é possível saber hoje até quando irá a quarentena e a suspensão das aulas presenciais decretadas pelas autoridades.

  2. Sem dispor dessa informação, corre-se o risco de fixar as férias escolares ainda durante a quarentena. Os alunos ficariam presos em casa, sem atividades propostas pelas escolas, o que possivelmente deverá acrescentar novas dificuldades às famílias já sobrecarregadas durante essa pandemia. Além disso, corre-se o risco de que a volta às aulas aconteça sem a possibilidade de aulas presenciais.

  3. Há, por outro lado, quem entenda que conceder férias parciais (15 ou 20 dias) ainda durante a quarentena (em maio ou junho) abre espaço para oferecer aulas presenciais depois que essa medida for suspensa, mesmo que em julho. Acredita-se que as famílias não sairão de férias em julho – durante a pandemia. É mais provável que nesse período os pais estejam em processo acelerado de retomada de suas atividades profissionais.

  4. Há argumentos sólidos que apontam para a necessidade de fixar as férias escolares nas próximas semanas e meses – no fim de abril ou em maio. As férias poderiam ser de 30 dias ou poderiam, alternativamente, ser divididas em períodos de 15 dias – mais ou menos. Haveria férias agora em maio e em julho. A intenção nesse caso é dar um descanso às equipes pedagógicas, sobrecarregadas por esse período de estresse e trabalho intenso. E, ao mesmo tempo, fazer uma parada em julho, um ‘respiro’ para o longo segundo semestre que virá. Essa segunda parada pode, também, acontecer mais para frente, em outubro.

  5. Outra possibilidade é seguir com as atividades não-presenciais até junho. As férias escolares ficariam, portanto, dentro do calendário habitual. Argumentam os defensores dessa tese que esse é o caminho natural. As equipes seguiriam mobilizadas e a escolas teriam mais tempo para acompanhar o desenvolvimento das medidas de restrição à circulação e à convivência de pessoas.

  6. Considera-se também a possibilidade de férias separadas para a Educação Infantil de forma a amenizar o desconforto manifestado por algumas famílias. Há que se considerar aqui que muitas famílias têm mais de um filho. Essa alternativa poderia deixar um filho em férias e o outro com atividades.

  7. Outra consideração importante diz respeito aos professores. A grande preocupação deles é que a definição das férias seja feita em períodos distintos, com cada escola fixando essas datas segundo critérios próprios e em períodos diferentes dos estabelecidos por outras instituições. Como há muitos professores que trabalham em diversas escolas, eles poderiam ficar sem férias em 2020.

Como se vê, vivemos uma situação de alta complexidade. Não há solução fácil. Qualquer decisão neste caso tem efeitos positivos e negativos. O fundamental, no entender da Diretoria da Abepar, que se reuniu na noite desta terça-feira (31/3/2020), é tomar atitudes no momento certo e, principalmente, municiadas por informações qualificadas que possam embasar um posicionamento público do qual possamos nos orgulhar no futuro.

A Diretoria voltará a se reunir no próximo dia 15 de abril para reexaminar esse assunto à luz das informações que teremos até lá. Seguimos, no entanto, abertos às sugestões das escolas associadas e atentos à evolução dos acontecimentos. Se houver mudança abrupta nesse cenário voltaremos a nos reunir para novo posicionamento.

 

Imagem: :Tatomm/iStocks.com

 

A Associação Brasileira de Escolas Particulares entende que a antecipação das férias escolares para o mês de abril prejudicaria as ações programadas e realizadas por nossas escolas, professores, alunos e famílias, que vêm mantendo as atividades pedagógicas ainda que de forma não-presencial. A antecipação deverá ser reavaliada no futuro próximo. No momento, no entanto, a conjuntura não está suficientemente clara para que se possa chegar a uma decisão a esse respeito.

As escolas da Abepar vêm promovendo ações bem-sucedidas para manter a comunidade educativa engajada nas atividades pedagógicas, recorrendo a inúmeros recursos e ferramentas para dar seguimento ao previsto nos currículos escolares, de acordo com as características específicas do projeto pedagógico de cada instituição. 

A interrupção desse trabalho agora colocaria a perder todos os esforços já em andamento, sem oferecer, em contrapartida, nenhum benefício. Pelo contrário. Os efeitos da medida serão profundamente desmobilizadores levando-se em conta o envolvimento profundo dos professores, dos alunos e das famílias nas novas atividades pedagógicas.

A complexidade do momento exige intenso diálogo entre as partes envolvidas. O mais equilibrado a fazer é seguir o que já foi estabelecido pelas escolas e referendado pelo Conselho Estadual de Educação – a continuidade das atividades pedagógicas de forma não-presencial.

A Associação Brasileira de Escolas Particulares irá orientar a suas associadas a manter o programa de atividades já estabelecido sem decidir nesse momento pela antecipação de férias em abril. 

São Paulo, 24 de março de 2020
Diretoria da Associação Brasileira de Escolas Particulares

 

Imagem: sakkmesterke/iStock.com