por Escola da Vila
Fim de semestre, fechamento de mais um período escolar, momento bom para uma reflexão sobre a reorganização pedagógica que criou a Vila das Infâncias e a Vila das Juventudes há um ano e meio.
Reorganizar as etapas de escolaridade em ciclos e pensar sedes com características próprias a cada uma surgiu de duas ideias-chave: a primeira, de convergir etapas marcadas por grandes conquistas que ultrapassam uma única série escolar, e a segunda, a de ampliar a interdisciplinaridade, entendendo que estruturar nossos projetos a partir de problemas reais e complexos é condição fundamental para o engajamento e a motivação dos aprendizes.
Essa reorganização, para além de mexer na estrutura escolar e nos ambientes de aprendizado em nossas sedes, repensou a experiência da jornada dos e das estudantes e suas interações com o conhecimento entre pares e agrupamentos diversos. Assumimos uma jornada mais longa, com período estendido e com mais tempo na escola como resposta à busca por uma formação integral, ampla, com mais carga curricular distribuída entre o que sabemos ser demandas fundamentais da atualidade.
Sempre acreditamos que um projeto pedagógico se reinventa e se reconstrói, com autoria e criatividade de uma maneira extremamente dinâmica. E é por isso que buscamos nos transformar. É esse olhar para os desafios que o presente e o futuro apresentam para nossa sociedade que nos permite ser quem somos e, ao mesmo tempo, evoluir constantemente na busca permanente por melhores práticas.
A permeabilidade à mudança é uma postura metodológica que nos torna pioneiros na implementação de práticas pedagógicas inovadoras. Hoje, falamos de infâncias e de juventudes, mas esse processo tem marcas em toda a nossa história, do olhar para a formação cidadã crítica e o aprendizado colaborativo desde nossa origem à inserção da educação digital no currículo, já há mais de uma década, e vários outros momentos de mudanças que deixam a Vila sempre preparada para o futuro ao longo dos anos.
(Imagem: Wavebreakmedia/Stock.com.br)