Adaptada à nova rotina, Lourenço Castanho dá continuidade ao trabalho educacional e de acolhimento às famílias

Quase dois meses após a interrupção das atividades presenciais devido à pandemia do novo coronavírus, a Escola Lourenço Castanho já se adaptou a nova rotina e dá continuidade ao trabalho por meio de plataformas online. Associada à Abepar, essa tradicional instituição está situada na Vila Nova Conceição, bairro da zona Sul da capital. A escola atende do Ensino Infantil ao Médio e mantém, mesmo a distância, o contato e a atenção constante com os alunos de todas as séries e suas famílias. 

Educação Infantil 

Na Educação Infantil, são preparados e enviados, por e-mail, materiais semanais para que os pais possam realizar com as crianças. As professoras gravam vídeos e áudios, propõem atividades e fazem contação de histórias para as crianças.  

O diretor geral da escola, Alexandre Abbatepaulo, conta que de tempos em tempos, o Infantil tem acesso a um material físico que os pais retiram na escola e que contém materiais de papelaria, brincadeiras e jogos de modo a facilitar a realização das atividades propostas pelas professoras. 

Um dos momentos importantes durante esse processo envolve os encontros ao vivo com os amigos e professoras, via Zoom. Eles são agendados com os pais e a frequência vária para cada faixa etária. Os menores participam de um número menor de encontros durante a semana e os maiores têm mais dias de lives. 

O trabalho está sendo bem aceito pelos pais, que também recebem suporte da escola. “Realizamos várias rodas de conversa com eles, para dar um apoio nesse momento”, explica Abbatepaulo. “A gente tem um trabalho no lado educacional e de acolhimento às famílias muito forte na Lourenço. Mantivemos isso durante esse período”. 

Ensino Fundamental 1

No Fundamental 1, a forma de trabalho é similar ao Infantil, mas com maior intensidade. As atividades e propostas são encaminhadas por e-mail aos pais, assim como o agendamento das lives. Os encontros ao vivo ganham mais frequência de acordo com as séries, sendo realizadas diariamente com o 4º e 5º anos. 

Segundo o diretor geral, esse modelo foi sendo construído ao longo do tempo, até chegar a um formato que se adaptasse e atendesse a todos, como aconteceu com as lives. “O desejo dos pais no início era que aumentássemos o número desses encontros. Fizemos isso de modo a que todos se sentissem mais confortáveis e adaptados”.  

Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio

A plataforma Moodle, que já era utilizada pela escola, virou a ferramenta principal para a continuidade do trabalho no Fundamental 2 e Ensino Médio. As atividades, tarefas e trabalhos são postados na plataforma e todos os alunos e professores têm acesso. 

Os professores tem a autonomia de decidir a melhor forma de compor cada aula, podendo ser uma videoaula ou uma aula ao vivo por meio do Teams. “A gente percebeu conversando com os alunos que quando o professor ensina uma matéria nova, eles preferem videoaula”, conta o diretor geral. “Quando é uma resolução de exercícios, por exemplo, eles preferem a aula ao vivo, para poder ter uma interação maior”. 

Durante o período da tarde, os alunos têm acesso a um plantão de dúvidas, como acontecia presencialmente na escola. Os professores designados para cada dia ficam disponíveis no Teams e os alunos podem entrar e conversar com eles.

Os momentos da orientação educacional também foram adaptados para o ambiente virtual. São marcados horários com cada turma e, às vezes, com grupos menores para os alunos conversarem com o coordenador da série e entre si. Além da roda de conversa com os pais, que acontece em todas as séries.

Depois da adaptação, o processo de avaliação começou a ser preparado para o Fundamental 2 e Ensino Médio. As provas são pensadas na plataforma Moodle, que permite a criação de provas tanto de múltipla escolha quanto dissertativas. 

Desafios e aprendizagens

Abbatepaulo conta que o período de transição para o novo modelo foi um desafio para os professores. Agora, a estrutura está rodando de maneira funcional, com todos já familiarizados. “Essa aproximação com a tecnologia foi algo muito importante que aconteceu e que precisava acontecer”, diz. “A gente vai poder aproveitar algumas dessas estruturas e mantê-las quando voltarmos”.

 

 

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