be.Living mantém trabalho baseado no afeto e na troca mesmo durante a quarentena

Com alunos da Educação Infantil ao Ensino Fundamental 1, a be.Living, escola bilíngue da Zona Sul de São Paulo e associada à Abepar, desenvolve um trabalho embasado no afeto, na troca, no olhar. Neste momento em que a escola está fechada por conta da pandemia do novo coronavírus, o maior desafio é dar continuidade ao processo pedagógico com atividades não-presenciais sem perder essa característica tão importante.

Patricia Pavan, diretora pedagógica da be.Living, conta que, até então, nunca havia imaginado um trabalho não-presencial. “Para ser sincera, não sabia como seria o trabalho realizado numa circunstância especial como a que vivemos”, diz. “Procuramos manter nosso DNA de afeto e troca”. 

Junto com toda a equipe, explica a diretora da be.Living, “fomos desconstruindo algumas coisas, construindo outras e, em parceria também com as famílias, estamos dando continuidade ao processo educativo da forma como acreditamos, com erros e acertos”.

Uma das preocupações da escola é passar aos alunos segurança e a compreensão de que não se trata de um período de férias. Para isso, a be.Living preparou uma rotina estruturada, ficando o mais próximo possível do dia a dia na escola. 

Educação Infantil

Um dos recursos utilizados na Educação Infantil são os vídeos gravados pelos professores dentro da própria escola. “A equipe gravou diversos vídeos quando ainda estávamos na escola e isso foi muito bacana porque, depois, já com os alunos em casa, eles podiam ver os professores na sala de aula. Isso aproxima as crianças do ambiente escolar”, ressalta Pavan.

Os momentos de interação com os pequenos também acontecem, por meio de chamadas de vídeo. “Fomos aprendendo como fazer esse tipo de atividades com as crianças. Tem muita música e os professores falando com os alunos, um momento mais pessoal”, lembra a diretora pedagógica. “Fazemos também rodas de conversa, contação de histórias. Tudo, claro, com o suporte das famílias”.

Mas há também a preocupação com o tempo de exposição das crianças à tela. A escola enviou para as famílias uma pasta com materiais que podem ser utilizados para desenvolver atividades com as crianças. “Procuramos usar materiais recicláveis, como rolinho de papel, garrafas e tudo aquilo que está sendo usado em casa e que pode ser reutilizado para propor brincadeiras”.

A be.Living trabalha com currículo emergente. Os projetos surgem de acordo com as investigações e questionamentos das próprias crianças. Neste momento, a escola tem trabalhado com investigações que já estavam em andamento. “Além de dar continuidade ao trabalho, o mais importante é não deixar que o corpo investigativo das crianças adormeça”. Daí a importância de estimular a curiosidade, a vontade de aprender, aponta Patricia Pavan.

Há ainda o momento com os especialistas. Os professores de Música, Artes, Educação Física, Mindfulness e Coisas D’aqui – proposta que coloca as crianças em contato com elementos culturais do Brasil.

Ensino Fundamental 1

No 1° ano, os professores trabalham bastante com os vídeos. A partir do 2° ano, as considerações passam a ser mais escritas. “É uma forma também de fortalecer ainda mais a compreensão escrita dos alunos”, ressalta a diretora. 

Ainda procurando manter a rotina da escola, no Fundamental 1 também há os dias dos especialistas. Música, Artes, Educação Física, Yoga, Mindfulness e Coisas do Mundo – contato com elementos culturais do Mundo – são as atividades que os professores desenvolvem com os alunos.

“Buscamos dar continuidade àquilo que foi iniciado presencialmente na escola”, afirma Pavan. “Sabemos que, neste processo, é possível que uma coisa ou outra se perca. Então um dos nossos focos é pensar no direito de aprendizagem dos alunos e naquilo que é imprescindível que ele aprenda neste momento para que, depois, possamos continuar as pesquisas, as investigações e o aprendizado em sala de aula”.

Aprendizado coletivo

Diante do novo, toda a equipe be.Living está engajada e comprometida para passar por este momento da melhor forma possível e oferecendo aos alunos uma boa aprendizagem, sem perder o afeto e o vínculo.

“Por ser um momento delicado para todos, a equipe está muito unida, estamos em contato o tempo todo”, lembra a diretora. “A parceria, o planejamento e a troca de ideias fazem toda a diferença. E acho que estamos indo bem. Estamos todos aprendendo juntos”.

A equipe be.Living vem buscando exercitar a gentileza em vários sentidos. “Envolvemos os nossos sentimentos nesse novo processo, procuramos acolher as famílias e seguir em frente. É um momento de respirar e entender que não vai ser fácil, mas que pode ficar cada dia mais significativo”.

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