Inclusão e diversidade na educação são dever de todos e todas

por Escola da Vila

 

Os termos inclusão e diversidade têm sido usados com frequência. E na Bahema Educação não poderia ser diferente. Mas o que entendemos por inclusão? E por diversidade? Quais ações podemos efetivar para sermos de fato inclusivos e atender à diversidade? Sabemos que uma parcela da sociedade não tem acesso a escolas como as nossas por motivos históricos, políticos, econômicos e tantos outros. Assim, efetivar práticas inclusivas é responsabilidade de todos e de cada um de nós. Mas aceitar a matrícula é somente uma minúscula parte do processo. Ao considerar as pessoas com deficiência, a matrícula é um direito, mas só estar matriculado não garante que aquele aluno ou aluna terá efetiva participação na vida escolar. Para garantir que sejam realmente incluídos, são necessárias ações como obras estruturais nos edifícios, mudanças na dinâmica de atividades escolares, adaptações curriculares, uso de espaços e tempos diferentes e, por vezes, contratação de profissionais para atender às necessidades destas crianças e jovens.

Em 2018, a Escola da Vila concebeu o Projeto Ampliar, uma iniciativa para promover a inclusão de estudantes de baixa renda de escolas públicas da região no ensino médio. Novamente, incluir não passa apenas por efetivar as matrículas desses estudantes. Para garantir a efetiva participação na vida escolar é preciso assegurar que eles e elas consigam organizar suas rotinas de forma a ter tempo para estudar, oferecer apoio para que adquiram procedimentos de estudo adequado aos desafios do ensino médio em uma escola exigente como a Vila, criar espaços e momentos de socialização que permitam a interação tão relevante para o desenvolvimento, e tantos outros aspectos.

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Em 2021, os primeiros bolsistas do Ampliar se formaram. Os caminhos que seguem agora são resultado de tudo que aprenderam. E muito orgulho trazem a toda a equipe de professores, tutores, orientadores e diretores da Escola da Vila e da Bahema Educação, além dos doadores que apoiaram a iniciativa, pelas manifestações de reconhecimento da oportunidade recebida e pelos caminhos que decidiram trilhar, conscientes de estarem realizando seus próprios projetos de vida.

O Ampliar foi concebido para receber estudantes de baixa renda, principalmente porque o projeto das escolas da Bahema tem um custo devido ao alto investimento na formação das equipes, espaços e recursos, entre outros, que seleciona somente parcela da população. E aqui voltamos ao segundo termo frequente: diversidade.

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Ainda que haja discussão sobre o uso dos termos, pode-se entender diverso como diferente. É natural ao ser humano se agrupar com os semelhantes e estranhar as diferenças. Com o desenvolvimento das sociedades modernas, determinadas características são naturalizadas e normatizadas em certos grupos. Hoje, em um mundo de fronteiras tênues, a interação entre todos os seres humanos se tornou constante, no entanto, ainda existe estranheza e conflito em relação a algumas diferenças.

Cabe às escolas formar estudantes para compreender a diversidade como algo natural. Reconhecer as diferenças como oportunidade de ampliar seu próprio repertório de saberes e relações. E assim, o Projeto Ampliar contribui também para aumentar a diversidade da comunidade da escola. Os jovens bolsistas trazem suas experiências pessoais, as famílias trazem seus costumes para fazer parte da comunidade Vila, enriquecendo a capacidade de todos e todas de naturalizar as diferenças, sentindo-se parte de um conjunto diverso e, justamente por isso, muito mais rico e interessante.

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Para seguir em sua missão, desde 2021 a Bahema Educação conta com um comitê ESG (sigla que significa ambiental, social e governança em inglês) responsável por fomentar e desenvolver projetos nas três áreas, e por aumentar a capacidade de atuação de projetos existentes nas escolas do grupo, como o Ampliar.

É possível caminhar para que a diversidade seja vista como normal. Que todos e todas, com suas diferentes proficiências e deficiências, com suas diferentes cores de pele e cabelos, com seus diferentes hábitos, gostos e experiências, aprendam juntos. Vivam juntos em harmonia. Basta abrir as portas e efetivamente incluir.

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* Sandra Baumel Durazzo – Engenheira Mecânica, com especialização em Educação focada no aprendizado de línguas estrangeiras e formação de professores. Foi responsável pela implementação do projeto de inglês da Escola da Vila e, atualmente, é responsável pela área de internacionalização e idiomas da Bahema Educação.

**Marília Costa Dias – pedagoga formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Doutora e Mestre em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Dirigiu uma das unidades da Escola da Vila e, atualmente, é diretora da Escola Viva, da Bahema Educação

 

(Imagem: gorodenkoff/iStock.com.br)

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