Presidente da Abepar participou de live do movimento Desconecta no dia 25/11

Maria Eduarda Sawaya, presidente da Abepar, participou no dia 25 de novembro de live do movimento Desconecta sobre os impactos do uso precoce de celulares e redes sociais por  crianças e adolescentes. O encontro reuniu também a pediatra Ana Escobar, a psicopedagoga Claudia Alaminos e contou com mediação da jornalista Maria Prata. Antonia Teixeira, fundadora do movimento, fez a abertura.

Maria Eduarda destacou no início do encontro o papel das escolas na proteção ao bem-estar e no estímulo à socialização dos estudantes. Segundo ela, famílias e profissionais das áreas da saúde e da educação convergem na mesma preocupação: o excesso de telas tem afetado negativamente os jovens, com prejuízos à atenção, à criação e fortalecimento de vínculos e ao desenvolvimento socioemocional.

A presidente da Abepar ressaltou que a lei que proíbe celulares para fins não pedagógicos nas escolas vem produzindo efeitos positivos. Os recreios ficaram mais dinâmicos, as conversas presenciais foram retomadas e há menos ansiedade. Para Maria Eduarda, cabe às instituições liderar a educação digital, com intencionalidade pedagógica, orientação às famílias e limites claros.

No debate, Ana Escobar e Claudia Alaminos apresentaram um panorama conjunto sobre saúde e convivência familiar. Escobar explicou que o uso excessivo de telas está associado ao aumento da ansiedade, dos casos de depressão, distúrbios de sono e queda de motivação. Reforçou que a maturidade neurológica necessária para lidar com smartphones só começa por volta dos 14 anos e, para redes sociais, a partir dos 16.

Claudia Alaminos destacou que dinâmicas digitais, como “foguinhos”, intensificam comparação, pressão por pertencimento e fragilidade na autoestima dos jovens. Ambas reforçaram a importância de diálogo, supervisão e contratos de uso mesmo em famílias que já permitiram o aparelho.

Ao longo da mediação, Maria Prata reforçou que o movimento Desconecta não é contrário à tecnologia. O objetivo é preparar crianças e adolescentes para usá-la com senso crítico e segurança.

Ao final, as participantes reforçaram que o adiamento do uso individual de celulares e redes sociais, aliado à presença ativa das famílias e da escola, é hoje uma das principais formas de proteção à infância e à adolescência. 

Perfil das Participantes

Maria Eduarda Sawaya – Presidente da Abepar, diretora-fundadora da Beacon School e integrante do Conselho Estadual de Educação (CEE). Atua na liderança de políticas educacionais e na defesa de práticas saudáveis do uso de tecnologia nas escolas.

Antonia Teixeira – Fundadora do movimento Desconecta. Coordena ações nacionais voltadas ao adiamento do acesso infantil a celulares e redes sociais, mobilizando pais e escolas em todo o país.

Claudia Alaminos – Psicopedagoga e educadora parental especializada em adolescentes. Atua no apoio a famílias, com foco em saúde emocional, convivência e efeitos do ambiente digital.

Ana Escobar – Pediatra e professora da USP. Referência nacional em saúde infantil, estuda os impactos das telas no desenvolvimento e orienta famílias sobre uso equilibrado de tecnologia.

Maria Prata – Jornalista e consultora de conteúdo. Mediou a live e contribui com debates sobre infância, tecnologia e comportamento, conectando especialistas e público.

Link da live completa: Ambiente digital, efeitos reais – YouTube

 

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