Com atividades não-presenciais, CEB prioriza momentos de aprendizagem e a preservação de vínculos

O distanciamento social adotado como medida de proteção contra o novo coronavírus tem sido um desafio sobretudo para as escolas. O CEB, escola de educação integral localizada na zona Sul de São Paulo e associada à Abepar, tem dado atenção especial às famílias e aos alunos desde o dia 23/3, quando as aulas presenciais foram suspensas. O foco do CEB agora é aproveitar as oportunidades de aprendizagem e manter os vínculos entre sua comunidade.

O aprendizado tem acontecido de diversas formas na escola. Os professores gravam as aulas em vídeo e compartilham com os colegas para colher opiniões e dicas valiosas para os próximos. Boas ideias surgem dessa iniciativa e da troca entre a equipe. 

O resultado é a descoberta de novas formas de educar, que lançam mão da tecnologia e das ferramentas digitais. “Estamos trabalhando muito em conjunto”, afirma Marta Brandão, diretora pedagógica do CEB. “Nossos professores estão descobrindo talentos, habilidades que não sabiam que tinham!”

Em casa, a compreensão sobre as habilidades dos filhos ganha outra dimensão. “Tenho ouvido de muitas famílias comentários que enaltecem os alunos, de pais e mães orgulhosos em ver de perto a desenvoltura dos filhos na realização das atividades”, diz a diretora. “Por outro lado, alguns pais também têm compreendido melhor as dificuldades dos filhos e entendido como podem ajudá-los”. 

Respeito aos diferentes contextos

No CEB, o cuidado com os diferentes ritmos de trabalho faz parte do DNA da escola. E isso se faz ainda mais importante no atual momento de distanciamento social. “Sabemos que as famílias têm sua própria organização de trabalho e que os alunos estão numa rotina absolutamente particular”, lembra a diretora. Por isso, a escola escolheu elaborar um planejamento semanal de atividades que são compartilhadas com os alunos e com as famílias pela ferramenta Teams, da Microsoft.

“Aos alunos do berçário, os professores enviam semanalmente às famílias atividades de estimulação motora e de estímulo ao uso da linguagem, por exemplo, para que possam praticar com os filhos”, conta Marta Brandão.

Na Educação Infantil, os professores expuseram às famílias os projetos que estavam encaminhados até pouco antes da suspensão das aulas presenciais. A partir disso, elaboraram um planejamento semanal em que propõem atividades que contemplam todos os campos de experiência. “Há também momentos de encontro por videoconferência em que professoras e crianças se reúnem para um momento de conversa, de contação de história”, diz Brandão.

Já para os alunos do Ensino Fundamental 1 e 2, os professores enviam o planejamento da semana, com aulas e atividades, e conversam ao vivo com as turmas para dar orientações e tirar dúvidas. 

Atendimentos individualizados também são feitos sempre que necessário, conta a diretora. “Em conjunto com os professores, a nossa equipe de orientação de estudos permanece em contato com famílias e alunos para encaminhar soluções que possam ajudá-los em situações específicas”.

Mudanças para melhor

Para Marta Brandão, o fim da pandemia certamente vai impactar a sociedade em muitos sentidos. Mas há otimismo quanto à qualidade das mudanças. “No CEB, vivemos essa experiência procurando observar o que é possível e necessário rever. O papel do professor, da família, a importância dos vínculos”, diz. 

“Isto porque não acreditamos que este seja um ano perdido e nem que deveríamos nos livrar dele, mas sim, que é um ano para aprendermos na adversidade, aprendermos a ser mais flexíveis”, acredita a diretora. 

“Tenho absoluta certeza de que esse período vai mudar muitos aspectos no jeito dos educadores trabalharem e no jeito das escolas funcionarem. E espero que para melhor”.

 

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