Com aulas e encontros online, Escola Viva segue com o processo pedagógico e preserva vínculo com a comunidade

A Escola Viva, assim como as escolas de todo o Estado de São Paulo, está fechada para evitar a disseminação do novo coronavírus. Neste período, as ferramentas digitais têm sido decisivas para que a escola possa dar prosseguimento ao processo pedagógico. Da Educação Infantil ao Ensino Médio, os alunos têm aulas e atividades propostas pelos professores. Nesse momento, um dos principais objetivos da Viva, associada à Abepar, é não perder as marcas de interação e afeto que sempre caracterizaram as relações na Escola.

Para ajudar nesse período de atividades remotas, a Viva utiliza ferramentas diferentes. Para a Educação Infantil, foi criado um portal no Google Sites. Já para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, são usados Moodle e o Google Drive.

Além das atividades pedagógicas tradicionais, a Escola Viva sugere ainda uma rotina de atividades para que as crianças e jovens ajudem em casa neste período de quarentena. São atividades variadas como arrumar a cama ou organizar os brinquedos, por exemplo.

Educação Infantil

No portal criado pela Viva especialmente para esta ocasião, os professores enviam, semanalmente, propostas de atividades para as crianças fazerem em casa. Com o cuidado de não expor os pequenos muito tempo às telas, as atividades incluem rodas de música ou um recado da professora. São sugeridas atividades fora do ambiente virtual, como culinária, brincadeiras, circuito no espaço, entre outras. 

Camilla Schiavo Ritzmann, diretora pedagógica da Educação Infantil e do Ensino Fundamental 1 da Viva, explica que a Educação Infantil trabalha com os diferentes campos de experiência. “As atividades que sugerimos para casa abordam conteúdos curriculares e temas de investigação já iniciados durante as aulas presenciais”.

Existem ainda os momentos de interação ao vivo. Para as crianças de 1 a 3 anos, as professoras fazem chamadas de vídeo individuais com as famílias para uma conversa – e com as crianças, caso elas queiram participar. Já para os alunos de 4 a 6 anos, as chamadas em vídeo são realizadas em grupo, também com a presença dos pequenos e das famílias. “O objetivo aqui é manter o vínculo e permitir que os alunos se vejam, vejam as professoras, matem um pouco da saudade”.

Ensino Fundamental 1

A partir do 2° ano do Ensino Fundamental, os alunos utilizam o Moodle e o Google Drive para as atividades. “Neste momento, intensificamos propostas de leitura e escrita, pesquisas e discussões em pequenos grupos, além de muitos jogos”, explica Ritzmann. 

A equipe pedagógica também tem tido um cuidado grande com o equilíbrio entre as atividades que as crianças podem desenvolver com autonomia e aquelas que vão exigir a mediação de um adulto. O cuidado com o tempo de exposição à tela também está presente neste segmento. As atividades virtuais são intercaladas com atividades realizadas em material físico.

Ensino Fundamental 2 e Médio

Nesta etapa, o Moodle e o Google Drive têm uma utilização mais intensa e variada. Nas dinâmicas de trabalho, a equipe percebeu que trabalhar a distância não era necessariamente transportar o mundo presencial para o virtual, mas operar com outra lógica. Isso implicou refazer os planos de estudos, colocar um foco muito grande nos processos de planejamento e organização da rotina, desenvolver processos de ensino e aprendizagem do uso das ferramentas digitais, manter os vínculos entre alunos e professores e variar ao máximo os tipos de atividade para os alunos permanecerem engajados.

“Trabalhamos com atividades assíncronas e com encontros com os alunos em tempo real por videoconferência, por meio do Google Hangouts Meet”, explica Francisco Manuel Ferreira, diretor do Ensino Fundamental 2 e Médio. “Além disso, os fóruns na plataforma Moodle também são utilizados para esclarecer dúvidas ou encaminhar procedimentos de trabalho”.

Contato com as famílias

A Viva faz encontros virtuais também com as famílias. “Decidimos abrir este espaço para esclarecer dúvidas, compartilhar as angústias e para ouvir as famílias mesmo”, conta a diretora pedagógica. “Percebemos que esse é o momento em que as famílias e a escola devem estar muito conectadas. Não queremos perder o nosso jeito de funcionar, que é tão próximo, tão afetivo. Temos trabalhado muito para isso e acredito que estejamos no caminho certo”.

Equipe Viva

A equipe de gestão da Escola Viva vem fazendo reuniões frequentes com a equipe pedagógica. Todos estão muito envolvidos, muito participativos. “Temos procurado cuidar da nossa equipe, daqueles que estão conosco o tempo todo e tornando tudo isso possível”, ressalta Camilla. 

“Além disso, temos que enxergar essa crise como uma oportunidade de aprendizagem coletiva e individual. Sabemos que não está sendo fácil, mas o que uma crise como essa pode nos trazer de aprendizado, de avanço, de crescimento como equipe, como pessoa, como instituição? É essa perspectiva que temos buscado apresentar a toda a equipe. Mas, claro, ninguém vê a hora de chegar o momento do abraço”.

Rolar para cima