Com o objetivo de discutir assuntos pedagógicos e refletir sobre o papel da escola, a Carandá Vivavida, em parceria com o ComPosição – projeto de formação de professores, inaugurou, no dia 15 de junho, o Educação em Rede, um ciclo de entrevistas que vai trazer nomes importantes do universo educacional para debates de temas relevantes.
O primeiro tema foi “A escola e o espaço de encontro com o conhecimento”. Para esta discussão, foram entrevistados Jan Masschelein, professor de Filosofia da Educação e diretor do Laboratório para Educação e Sociedade da Universidade de Louvain, na Bélgica, e Débora Vaz, pedagoga com especialização na Universidade de Sorbonne, em Paris, França, formadora de professores e diretora do Colégio Santa Cruz.
Jan Masschelein falou sobre “A escola e o espaço de tempo livre para o encontro com o conhecimento”. Em sua reflexão, o professor abordou a importância de oferecer o conhecimento e não transmiti-lo de maneira direta. Segundo ele, quando o professor oferece o conhecimento ao aluno, ele dá ao estudante a chance de questionar e não simplesmente absorver o conhecimento. É a construção do conhecimento de forma conjunta.
Masschelein abordou ainda o tempo livre, como o tempo que não é predefinido, não é produtivo, não é uma simples continuação do tempo linear entre passado e futuro. Para ele, é o tempo que interrompe essa linearidade. É fazer o passado não determinar o futuro. “Nesse sentido, a escola está proporcionando um futuro para o indivíduo e para a sociedade. É oferecer a possibilidade de uma forma de renovação”.
Assista à entrevista com Jan Masschelein.
Débora Vaz abordou o tema “Em defesa da escola… Que escola eu defendo?”. Para iniciar a reflexão, Débora lembrou de sua época de estudante e do principal questionamento que se fez: “Que pedagoga eu quero ser?”. Ela contou que este foi o ponto de partida para que ela trilhasse sua trajetória profissional e ressaltou a importância de se questionar sobre isso o tempo todo.
Vaz defende a escola como local para humanização, observação do outro e compreensão daquilo que nos faz humanos. Para ela, a família e a sociedade têm papel importantíssimo nesta construção, mas é na escola que se vivencia a humanização de forma mais intensa, tanto no coletivo quanto no singular.
Assista à entrevista com Débora Vaz.
Imagem: Nutthaseth Vanchaichana/iStock.com