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Veras abre período para submissão de novos artigos

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O psicanalista e professor Christian Dunker participa do próximo Ciclo de Palestras da Bahema Educação, dia 24/9, às 20h. O tema do debate será “Que marcas o isolamento nos deixará?”, com transmissão ao vivo canal do YouTube da Bahema. Assista aqui. Christian Dunker é psicanalista,…

As escolas associadas à Abepar estão preparadas para a retomada gradual e segura das atividades presenciais, afirmou o diretor Cláudio Giardino. O retorno vai acontecer sob rigoroso acompanhamento de protocolos sanitários, elaborados com o apoio técnico de renomadas instituições de saúde, e em sintonia com as determinações das autoridades sanitárias do Estado e dos municípios.  

Em entrevista concedida à rádio CBN São Paulo, na sexta-feira (11/9), Cláudio Giardino falou sobre a retomada e as medidas preventivas de segurança que as escolas associas à Abepar irão adotar. Uma delas é a adoção do sistema de ‘bolhas’ ou clusters, já utilizado em outros países. O diretor considera essencial a aprendizagem presencial e reabertura das escolas. A seguir, os trechos mais relevantes da entrevista:  

Como tem sido o trabalho da Abepar no que diz respeito aos protocolos de retomada das aulas presenciais?

As escolas que trabalham com Educação Infantil e com o Fundamental I, estudantes de cinco, seis até 10 anos, já trabalham em torno de quatro horas a cinco horas, que é um tempo razoável para esse retorno. Quanto às escolas com Fundamental II e Ensino Médio, que em média trabalham de cinco a seis horas com as crianças, algumas vão manter esse horário normal. Outras vão trabalhar com o horário reduzido, entre quatro e cinco horas. Ficará a critério de cada escola.

Existe alguma orientação para que as unidades voltem com parte dos alunos de todas as séries ou a intenção é priorizar alguma série?

As escolas da Abepar têm feito vários estudos nas últimas semanas, apoiando-se inclusive em estudos e protocolos de países da Ásia e Europa que já estão realizando suas aberturas. Todas as escolas têm um plano de reabertura próprio, fundamentado em regras e protocolos específicos. Elas são apoiadas por empresas de segurança e saúde escolar, além de instituições de saúde como os hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês. 

Esses protocolos elaborados pelas escolas têm sido enviados aos pais, que muitas vezes participam de lives para conhecer essas regras com mais detalhes. Nesses encontros, os educadores explicam aos pais e colaboradores como irão funcionar as regras que aparecem em cada um dos protocolos. Isso tem gerado mais segurança na comunidade escolar em relação a volta dos alunos às aulas presenciais.  

Para a volta de alguma série, ano ou algum segmento escolar, cada escola está adotando um critério. Algumas têm priorizado a Educação Infantil e as séries iniciais do Fundamental, principalmente porque as mães dessas crianças, que são crianças menores e que não tem tanta autonomia, precisam voltar ao trabalho. Essas famílias necessitam da escola para que os filhos estudem, aproveitem e até recuperem a parte emocional, que é muito importante para todos. Uma outra parte das escolas tem pensado em abrir para todas as séries, respeitados os 35% de alunos em sala de aula.

A carga horária e o número de dias em que o aluno irá à escola podem ser reduzidos?

Os alunos só voltarão às escolas se for este o desejo dos pais. Isso é facultativo. Cada família vai decidir se o estudante volta ou não nessa primeira fase de reabertura. A ideia é essa. As escolas da Abepar farão novas pesquisas assim que o governo permitir a reabertura. As famílias vão aderir ou não a essa reabertura.

Algumas instituições estão apostando em modelos já aplicados em países onde a pandemia chegou antes, como o chamado sistema de bolhas. Esse modelo é o melhor a ser adotado?

Sem dúvida nenhuma, o sistema de “bolhas” ou “clusters” é fundamental para cada uma das escolas da Abepar e do Brasil como todo. Esse modelo está sendo usando na Europa e nos países da Ásia e vem dando certo. Se você tem grupos de cinco, seis, sete alunos, e esses grupos não se misturam com os outros, caso um aluno de um grupo tenha o coronavírus, o grupo inteiro de seis ou sete alunos ficará afastado das aulas e não todos os grupos da escola. Isso reduz a chance de transmissão. Isso é muito importante para nós, escolas da Abepar. 

Vocês orientam que os alunos comam na escola?

Nessa primeira fase, a gente tem orientado as famílias a mandar o lanche para a escola. Queremos evitar que haja o deslocamento até a cantina escolar. Existe também em algumas escolas um acordo entre a cantina escolar e as famílias. Os pedidos podem ser feitos por WhatsApp um dia antes. A cantina prepara o alimento e o envia para a sala de aula. Existem essas duas opções. 

A reabertura é uma solução viável?

Ressalto que é muito importante que as escolas reabram e retomem suas atividades dentro desses limites já estabelecidos. Precisamos trazer de volta a aprendizagem para o presencial. Por mais que escolas e professores se esforcem, percebemos que a aprendizagem remota não é o melhor modelo. O ensino remoto supre uma necessidade de momento. Existe uma necessidade vital de sociabilidade e de contato com colegas e professores, respeitando o distanciamento.

Cláudio Giardino – Perfil
Cláudio Giardino é geógrafo, especializado em psicopedagogia e gestão escolar. É autor de livros didáticos e trabalha há 10 anos como gestor de rede de escolas. Atualmente é diretor da Abepar e do grupo de escolas OEP, que reúne Oswald, Elvira Brandão e Piaget). 

 

Em editorial publicado no dia 8/9, o jornal Folha de S. Paulo defendeu a volta às aulas no país, sustentando que “o alongamento da quarentena acarretará prejuízo certo e crescente para crianças e jovens, ao passo que os riscos de infecção se afiguram cada vez mais baixos ou administráveis.”

Apontando a baixa na curva de casos, o jornal relembrou exemplos de outros países que já fizeram a reabertura. “Nos países onde houve retorno às aulas, predomina a baixa ocorrência de infecções em ambiente escolar e raríssimos casos fatais.”

“Imperioso se mostra debater e decidir não se aulas devem voltar, sobretudo no ensino público, mas em quais condições”, sustenta o editorial. “Sem enfrentar o desafio, aumentarão a evasão escolar e a desnutrição de estudantes que dependem de merenda, carecem de meios para acompanhar ensino a distância e são mais vulneráveis à violência doméstica.”

Sobre a volta nas escolas particulares, o jornal escreveu “escolas particulares, ao menos as de elite, já têm pronto um cabedal de medidas de prevenção para reiniciar atividades. Seus alunos se distanciarão ainda mais dos que só têm a escola pública como opção.”

O jornal defendeu ainda que essa deve ser uma atitude livre de pressões políticas e que “os governantes devem afastar-se da tentação política, em ano eleitoral, de manter escolas fechadas para não desagradar sindicatos de professores enquanto os shoppings funcionam e as praias estão abarrotadas.” 

O editorial apresentou números da reabertura no estado de São Paulo “a reabertura foi autorizada na terça (8) em cidades há 28 dias na chamada fase amarela, só 128 dos 645 municípios autorizaram o retorno, sobretudo na rede privada.”

Quanto a possíveis novos casos, o jornal lembra que “experiências internacionais indicam que fundamental é identificar portadores de sintomas, testá-los e rastrear os contatos dos casos confirmados, para isolamento”.

Ao poder público compete, segundo a publicação, aparelhar-se para tornar isso possível, além de normatizar e fiscalizar as regras de distanciamento mandatórias. Aos educadores e pais, sustenta a Folha, cabe “demandar do Estado o cumprimento da exigência constitucional de prover educação --para todos”. 

Leia o editorial completo aqui.

Imagem: artisteer/iStock.com

A Escola da Vila Conversa desta terça-feira (8), às 19h, será com o psicólogo Rodrigo Nejm, diretor de educação da SaferNet Brasil. O encontro pretende debater "Segurança na internet em tempos de pandemia" e responder à questão: como garantir a segurança de crianças e jovens que estão passando tanto tempo na frente das telas?

A live será realizada no canal do YouTube da Escola da Vila. Assista aqui. 

Rodrigo Nejm é doutor em psicologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e possui doutorado sanduíche com bolsa PDSE da CAPES na Universidade de Paris V e na EHESS (2014). Colabora como psicólogo e diretor de educação na SaferNet Brasil, ONG responsável pela criação de materiais pedagógicos para promoção da cidadania digital e proteção aos Direitos Humanos na Internet.

Imagem: B4LLS/iStock.com

A Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) realizou a sua primeira live no dia 2/9 sobre o tema “Covid-19: O que a ciência revela sobre a reabertura de escolas”. Os números não deixam dúvidas. A live conquistou a atenção do público, formado por professores, familiares de alunos e até jornalistas. Foi acompanhada por mais de 700 pessoas ao vivo e somou nos dias subsequentes mais de 3.000 visualizações e mais de 400 comentários. 

Estavam presentes o epidemiologista Wanderson de Oliveira, ex-titular da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, e o médio Fabio Jung. Representando a Abepar e a comunidade escolar, os diretores Arthur Fonseca Filho, também diretor do Colégio Uirapuru, de Sorocaba, e Maria Eduarda Sawaya, diretora da Beacon School, em São Paulo.

Os especialistas Wanderson de Oliveira e Fabio Jung apresentaram um resumo de alguns dos principais estudos e pesquisas publicados sobre a pandemia e a volta às aulas em todo o mundo. Abordaram a susceptibilidade de infecção das crianças, examinaram a questão da transmissão para professores e famílias, além de ressaltar o importante papel social da escola.  

Os presentes fizeram a defesa da escola como serviço essencial. Apoiaram a hipótese de uma reabertura segura, gradual e opcional das instituições de ensino, seguindo todos os protocolos sanitários. Os diretores da Abepar lembraram a importância do diálogo entre a escola, famílias e funcionários, um dos objetivos da live.

Assista a live completa aqui: 

 

A Abepar e as escolas associadas irão realizar seu primeiro webinário na próxima quarta-feira, dia 2/9, às 19h. O tema do encontro será “Covid-19: O que a ciência revela sobre a reabertura de escolas” e conta com a participação especial do epidemiologista Wanderson de Oliveira, ex-titular da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, e do médio Fabio Jung. Representando a Abepar estarão os diretores Arthur Fonseca Filho e Maria Eduarda Sawaya. O webinário será transmitido no site da entidade e nos seus principais canais e plataformas da associação. 

Temas da Live

• Como se comparam as taxas de contaminação e a gravidade da Covid-19 em crianças e adultos? E a transmissão?

• As escolas são ambientes seguros em tempos de pandemia?

• Protocolos necessário a um retorno seguro para professores, alunos e funcionários. 

• O que aprendemos com países que já reabriram suas escolas?

• Como ficam as crianças socialmente vulneráveis?

Participantes

Wanderson Oliveira, epidemiologista, foi titular da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Fabio Jung é médico formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fez Post-Doctoral Fellow no MD Anderson Cancer Center em Houston e MBA em Finanças e Health Care Management na Wharton School da Universidade da Pensilvânia.

Arthur Fonseca Filho é diretor da Abepar e do Colégio Uirapuru, de Sorocaba. Foi titular do Conselho Nacional de Educação e presidente do Conselho Estadual de Educação.

Maria Eduarda Sawaya é diretora da Abepar e da Beacon School, em São Paulo.

Acesse aqui: 

www.abepar.com.br 

YouTube: https://youtu.be/OPuJroBXBoA

 

O professor Arthur Fonseca Filho, diretor da Abepar, irá participar da Summit Educação Brasil 2020. Realizado pelo Estadão, o evento é online e está marcado para os dias 24 a 31 de agosto, com o tema principal “Volta às aulas e a nova educação pós-pandemia”. Fonseca Filho foi convidado para o painel de debates que ocorre nesta terça-feira (25), das 9h às 11h, para falar sobre “Como as escolas particulares se preparam para a retomada”

Ao lado de Fonseca Filho estarão Silvia Gasparian Colello, professora da pós-graduação da Faculdade de Educação da USP, e Ana Beatriz Ricchetti Ferreira, aluna do Colégio Visconde de Porto Seguro, entre outros. Renata Cafardo, repórter especial e colunista de Educação do Estadão e da Rádio Eldorado, será a mediadora do debate. 

A fala do diretor da Abepar estará centrada no argumento de que escola é um serviço essencial e discutirá o retorno às atividades presenciais seguindo o roteiro proposto pelo Plano São Paulo, do governo do Estado, com a volta parcial para 8 de setembro.

As inscrições para o evento são gratuitas, acesse aqui. 

Saiba mais no site: https://summiteducacaoestadao.com.br/

Arthur Fonseca Filho é diretor da Abepar e diretor do Colégio Uirapuru, associado à entidade. Também é ex-presidente do Conselho Estadual de Educação/SP e ex-membro do Conselho Nacional de Educação.

Imagem: ake1150sb/iStock.com

A pandemia do novo coronavírus mudou de forma drástica a rotina das escolas, que tiveram que se adaptar rapidamente a um novo normal com as aulas remotas. No Colégio Santa Maria não foi diferente. Associado à Abepar, a escola que já vinha investindo há algum tempo em tecnologias e implantando diferentes plataformas educacionais, enfrentou o período com grande maestria e alcançou números expressivos em um semestre tão desafiador. 

Lado a lado, professores e alunos de todas as classes, se esforçavam ao máximo para fazer desse momento o mais leve e proveitoso possível.  Do dia 23 de março ao dia 10 de julho foram realizados mais de 73 mil encontros virtuais e mais de 165 mil horas de lives. 

“Os números são espantosos, eu não esperava tudo isso”, relata o coordenador de tecnologia educacional do Colégio Santa Maria, Muriel Vieira Rubens. “Nosso foco sempre foi em como usar a tecnologia de uma forma criativa e ao mesmo tempo gerar aprendizagem. Hoje vejo que conseguimos fazer isso” 

Nesse período, mais de 15 mil postagens e 63 mil arquivos foram compartilhados em diferentes formatos através das plataformas Edmodo, utilizada pelo Ensino Fundamental, e o Google Classroom, utilizado pela Educação Infantil e Ensino Médio. 

O programa Edmodo já faz parte do plano pedagógico do Colégio há quase dez anos. Já o Classroom estava sendo implantado desde o ano passado. “Decidimos continuar nessas plataformas porque professores e alunos já estavam cadastrados, então facilitaria bastante o processo”, explica Rubens. 

O que contribuiu para que o Santa Maria registrasse todos esses números foi o novo espaço de videoaulas criadas pela equipe tecnológica da escola. O Ead Santa Maria é um espaço aberto com tutoriais básicos de uso das ferramentas e diversas dicas para um melhor aprendizado. Todos podem acessar esses recursos no próprio site do Colégio. O uso dessas ferramentas é essencial para evitar a disparidade entre os alunos, possibilitando que todos participem das aulas já preparados e dominando as plataformas utilizadas.

De acordo com o coordenador de tecnologia, se comparar o início do isolamento e aulas não-presenciais, os últimos meses têm sido bem mais fáceis para a equipe tecnológica, alunos, pais e professores. Todos já estavam adaptados ao novo método de ensino e caminhavam com mais desenvoltura, sem grandes problemas com as plataformas.

Segundo Muriel, a essência da escola sempre foi presencial. Agora a instituição vive um novo tempo. A tecnologia nunca foi tão necessária como hoje. “Muitos tinham resistência e eram contra a tecnologia, mas hoje percebem que se ganha tempo com ela. Quando estivermos fora do furacão vamos perceber a importância desse legado”.